Topo
Notícias

Líder de consórcio que levou loterias de SP foi secretário de Bolsonaro

Alexandre Manoel da Silva, líder do consórcio Aposta Vencedora - Reprodução/Agência SP
Alexandre Manoel da Silva, líder do consórcio Aposta Vencedora Imagem: Reprodução/Agência SP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

01/11/2024 13h48

Alexandre Manoel da Silva, líder do consórcio Aposta Vencedora, que venceu o leilão pela loteria estadual de São Paulo nesta sexta-feira (1º), foi secretário de loterias nos governos Temer e Bolsonaro.

Quem é o líder do consórcio

Executivo foi secretário de loterias entre 2018 e 2020. Alexandre Manoel foi secretário de Avaliação de Políticas Públicas, Planejamento, Energia e Loteria, entre 2018, ainda no governo de Michel Temer, e 2020, no governo de Jair Bolsonaro. A secretaria era subordinada ao Ministério da Fazenda (que se tornou ministério da Economia sob Bolsonaro). Ele deixou o governo alegando motivos pessoais.

Ele atuou na formulação da lei das apostas esportivas, as bets, aprovada em 2018. Também trabalhou na formulação de um modelo de concessão da Lotex, conhecida como raspadinha. O governo Bolsonaro tentou passar a Lotex para a iniciativa privada, mas não conseguiu.

Alexandre Manoel é presidente do conselho do consórcio Aposta Vencedora, cuja empresa líder é a portuguesa SAV Participações. O consórcio arrematou o serviço de loterias do estado de São Paulo por R$ 600 milhões.

Segundo o secretário, o executivo esteve com o governador uma vez. Questionado se o governador Tarcísio de Freitas conhecia Alexandre Manoel, o secretário de Parcerias e Investimentos do estado, Rafael Benini, disse: "Eu conheci ele agora, tive reunião com ele e com o outro grupo. O que ele me disse foi que ele falou uma vez com o governador no PPI do governo Temer".

Em discurso após o leilão, executivo se dirigiu ao governador. Ele elogiou o modelo regulatório do governo de São Paulo para as loterias e disse: "Honestamente, espero que o senhor esteja aqui até 2030. Se estiver só até 2026, Deus é quem sabe. Mas, se estiver até 2030, seremos parceiros, como acontece no mundo desenvolvido, na alegria e na tristeza".

Notícias