Itália defende escola como pilar da inclusão em G20 no Brasil
ROMA, 1 NOV (ANSA) - O governo italiano defendeu a necessidade de melhorar as escolas, enfatizando que elas são fundamentais para a inclusão, durante a reunião dos ministros da Educação do G20, que aconteceu em Fortaleza entre os dias 30 e 31 de outubro.
Em discurso na primeira sessão da cúpula, realizada sob a presidência brasileira, o ministro da Educação e Mérito da Itália, Giuseppe Valditara, ilustrou as ações promovidas no país europeu para fortalecer o vínculo entre a escola e o território, especialmente nas áreas menos favorecidas.
Ao abordar o compromisso das instituições com as comunidades, o político italiano reiterou a centralidade da escola como pilar do desenvolvimento e da inclusão, lembrando a importância das iniciativas Agenda Sul e Agenda Norte.
Além disso, Valditara destacou a importância de um ensino inovador capaz de motivar os jovens e incentivar o seu envolvimento através de workshops, atividades esportivas e musicais.
Já durante a segunda sessão de debate, o ministro italiano apresentou as praticas implementadas na Itália para a formação contínua de professores. "Estamos implementando uma série de ações que visam reposicionar os professores no centro do desenvolvimento comunitário", afirmou.
Entre outras coisas, ele também destacou a importância das intervenções a favor de quem ensina em zonas desfavorecidas para garantir a presença de equipamentos escolares nos territórios.
"Se queremos melhorar os nossos sistemas educativos, temos de apoiar os nossos professores, fortalecendo a sua formação inicial e o seu desenvolvimento profissional contínuo, mas também apoiando o seu estatuto, prestígio e bem-estar", acrescentou.
Segundo o governo italiano, o plano de investimento na Educação tem dado frutos: enquanto a luta contra o abandono escolar está abrandando no mundo - de acordo com o relatório de Monitorização Global da Educação 2024/25 da Unesco - devem ser destacados os bons resultados obtidos pela Itália.
À margem da reunião ministerial do G20, Valditara também participou de importantes reuniões bilaterais com os ministros da Educação do Brasil, Camilo Santana, do Peru, Morgan Quero, além da ministra da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão, Toshiko Abe, da vice-ministra do Emprego e Desenvolvimento Social do Canadá, Tina Namiesniowski, e do vice-ministro turco da Educação, Muhammed Bilal Macit.
Durante as conversas foi destacada a necessidade partilhada de fortalecer e melhorar a educação técnica e profissional, um setor primordial para responder aos desafios do mercado de trabalho.
Em seu discurso, a ministra japonesa também reconheceu a experiência italiana relativa ao modelo de formação 4+2 e manifestou o seu apreço pelos importantes resultados alcançados em Trieste, por ocasião do G7 sobre Educação, especialmente no que diz respeito ao ensino técnico e profissional.
Por fim, foi ressaltado o interesse comum em promover a utilização da Inteligência Artificial na educação, para potencializar as suas oportunidades e melhorar os resultados de aprendizagem através de um ensino cada vez mais personalizado.
(ANSA).