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Chanceler russo diz que EUA e Rússia estão à beira de um conflito direto

23.dez.2022 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante coletiva em Moscou - Evgenia Novozhenina/Pool/AFP
23.dez.2022 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante coletiva em Moscou Imagem: Evgenia Novozhenina/Pool/AFP

01/11/2024 08h38Atualizada em 01/11/2024 09h35

Os Estados Unidos e a Rússia estão muito perto de entrar em um "conflito militar direto", alertou o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira (1º) em um diário turco, a poucos dias das eleições presidenciais americanas.

"Sob o atual presidente [Joe Biden], que levou ao limite a espiral de russofobia nos Estados Unidos, nossos países estão à beira de um conflito militar direto", declarou ao jornal Hurryet, sem dar mais explicações.

Ao ser perguntado sobre as eleições americanas da próxima semana entre o ex-presidente republicano Donald Trump e a atual vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, Lavrov afirmou que o resultado não significará uma grande diferença para a Rússia.

"Não temos nenhuma preferência. Quando a administração Trump estava no poder, adotou o maior número de sanções antirrussas em comparação aos seus antecessores", declarou.

"Não importa quem ganhe as eleições, não acreditamos que a inclinação antirrussa dos Estados Unidos possa mudar", acrescentou.

Apesar de Trump ter mostrado no passado seu apreço pelo presidente russo, Vladimir Putin, os dois homens não são próximos e mantiveram uma relação deliberadamente ambígua.

Na semana passada, o dirigente russo indicou que sua relação com Washington dependerá da atitude que adote após as eleições, ao mesmo tempo que recebeu como "sinceras" as declarações de Trump sobre seu desejo de pôr fim ao conflito da Ucrânia.

Em setembro, a Microsoft afirmou que agentes russos teriam intensificado suas operações de desinformação para atrapalhar a campanha de Kamala mediante vídeos de caráter conspiracionista, o que suscitou a preocupação com as operações de influência estrangeira contra as eleições.

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