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Quem é o médico suspeito de matar esposa com sorvete e Zolpidem no RS

O médico emergencista Andre Lorscheitter Baptista - Reprodução / Redes Sociais
O médico emergencista Andre Lorscheitter Baptista Imagem: Reprodução / Redes Sociais
do UOL

Colaboração para o UOL

31/10/2024 12h24

O médico socorrista André Lorscheitter Baptista, preso durante as investigações pelo assassinato da esposa, Patrícia Rosa dos Santos, após supostamente ter oferecido um sorvete "batizado" com remédios, em Canoas (RS), no dia 22, mantém discrição nas redes sociais.

Quem é o médico suspeito de matar a esposa

André Lorscheitter Baptista é médico socorrista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), segundo informações em suas redes sociais, ele atua também em clínicas particulares na Grande Porto Alegre.

Em 2016, ele participou de um treinamento em que ministrou uma palestra sobre cuidados com queimaduras no Hospital Municipal Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul. Na ocasião, destacou que os principais fatores de risco para óbito em pacientes queimados são insuficiência de ventilação, choque e infecção, detalhando procedimentos para cada caso.

Nas redes sociais, Baptista mantém um perfil discreto. Suas publicações no Instagram são restritas a seguidores autorizados, com apenas 11 postagens. No Facebook, suas postagens abordavam causas sociais, como a proteção animal e a doação de sangue.

Ele também postava vídeos com temas ligados à saúde mental e neurolinguística. Em 2018, ele republicou um vídeo da TV Cultura, uma edição do Café Filosófico, em que o psicoterapeuta Ivan Capelatto fala sobre a importância da frustração para a saúde mental. Em 2019, compartilhou um vídeo com "as melhores respostas das celebridades para perguntas machistas".

Seu último post público foi em 2022, um vídeo sobre o poder das palavras. Baptista republicou um vídeo do professor de oratória e coach motivacional Mohammed Qahtani, em que ele fala sobre o pode construtivo e também destrutivo que há nas palavras.

Referências ao médico nos mecanismos de busca são limitadas. Existem apenas quatro processos registrados em seu nome no portal JusBrasil, incluindo um movido pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Ele não possui perfil no LinkedIn, reduzindo sua presença em plataformas profissionais.

O que aconteceu

A investigação aponta que, no dia do crime, Baptista teria oferecido à esposa um sorvete contendo Zolpidem. Este medicamento é usado para induzir sono. Após consumir o sorvete, Patrícia teria adormecido, e então o médico teria aplicado injeções de medicamentos hospitalares, como Succitrat e Midazolam. A polícia encontrou a embalagem do sorvete com vestígios do doce e frascos vazios dos medicamentos na residência do casal.

Seringas usadas - Reprodução / Polícia Civil RS  - Reprodução / Polícia Civil RS
Polícia encontrou frascos vazios dos medicamentos na residência do casal.
Imagem: Reprodução / Polícia Civil RS

Logo após o ocorrido, Baptista contatou a família de Patrícia para informar seu falecimento. Ele apresentou um atestado de óbito declarando infarto agudo do miocárdio como a causa da morte, assinado por um colega do Samu. Durante o depoimento, o médico optou por permanecer em silêncio, enquanto sua defesa, conduzida pelo advogado Luiz Felipe Mallmann de Magalhães, defendeu sua inocência.

A defesa afirmou que Baptista é "absolutamente inocente" das acusações. O advogado ressaltou que a morte de Patrícia foi uma "tragédia, mas jamais um homicídio". Mallmann de Magalhães criticou as especulações que cercam o caso, ressaltando que a investigação ainda está em andamento e pedindo cautela para evitar julgamentos antecipados.

Em 2016, Batista participou de um treinamento em que ensinou sobre atendimento emergencial a queimados - Reprodução/FHGV - Reprodução/FHGV
Em 2016, Batista participou de um treinamento em que ensinou sobre atendimento emergencial a queimados
Imagem: Reprodução/FHGV

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