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Kamala faz campanha em Michigan, e Trump na Geórgia na reta final da corrida pela Casa Branca

28/10/2024 11h58

Por Jeff Mason e Steve Holland

WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - A vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, viaja para Michigan nesta segunda-feira para se concentrar na economia, enquanto o ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump, se dirige à Geórgia para reforçar o apoio entre eleitores religiosos, com os dois entrando na reta final da campanha para a Casa Branca.

Depois de um dia de paradas no Estado crucial da Pensilvânia, onde ela visitou homens negros em uma barbearia e falou sobre fé em uma igreja negra, Kamala viajará por Michigan para destacar seu apoio aos empregos na indústria e aos trabalhadores sindicalizados, de acordo com uma autoridade de campanha.

Ela também planeja um comício com seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz, que contará com uma apresentação da cantora e compositora Maggie Rogers.

Trump, que realizou um comício na cidade de Nova York no domingo, que começou com uma série de comentários vulgares e racistas de seus apoiadores, terá dois eventos na área de Atlanta na segunda-feira, um na National Faith Advisory Summit e outro em um comício, enquanto tenta conquistar eleitores na Geórgia, outro Estado decisivo.

Kamala e Trump estão empatados nas pesquisas dos Estados cruciais que determinarão o vencedor da eleição presidencial dos EUA. Ambos estão trabalhando arduamente para conquistar a fatia restante de eleitores indecisos e independentes nesses Estados e, ao mesmo tempo, levar suas respectivas bases de apoiadores a votar cedo ou comparecer às seções eleitorais em 5 de novembro.

Enquanto Trump promoveu uma mensagem anti-imigração e lançou insultos contra a vice-presidente, Kamala retratou Trump como uma ameaça à democracia após sua recusa em aceitar os resultados da eleição de 2020 e o consequente ataque ao Capitólio dos EUA por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021.

Na segunda-feira, ela contrastará suas visões econômicas.

Kamala visitará as instalações da Corning Inc's Hemlock Semiconductor para conversar com trabalhadores e fazer um tour pela linha de montagem, de acordo com a autoridade de campanha, e falar sobre a importância de investir em empregos na indústria. A empresa recebeu recentemente um investimento preliminar de até 325 milhões de dólares por meio do Chips and Science Act, que a autoridade afirmou que Trump criticou e que Kamala ajudou a aprovar.

Ela também visitará uma instalação de treinamento sindical.

Trump argumentou que sua administração da economia como presidente foi mais forte do que a do presidente norte-americano, Joe Biden, e Kamala, apesar de grandes perdas de empregos no final de seu mandato durante o início da pandemia do coronavírus.

Embora o mercado de trabalho dos EUA tenha sido forte durante o governo Biden-Kamala e os mercados de ações tenham atingido recordes, os preços persistentemente elevados prejudicaram os consumidores em tudo, desde mantimentos até aluguel.

"Você está melhor agora do que há quatro anos?", perguntou Trump à multidão em seu comício no domingo. A multidão respondeu: "Não".

Kamala, por sua vez, emitiu propostas de políticas para baixar os preços e ajudar a aliviar a crise habitacional do país, ao mesmo tempo em que contrastou sua abordagem de liderança com a de Trump, que, segundo ela, estaria focado em se vingar de seus inimigos.

"Ele está cheio de... linguagem sombria que trata de retribuição e vingança. Portanto, o povo americano tem uma escolha. Ou será isso, ou serei eu lá, concentrada em minha lista de tarefas, concentrada no povo norte-americano", disse, a repórteres no domingo, na Filadélfia.

(Reportagem de Jeff Mason e Steve Holland)

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