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Novo Hamburgo: Imagem mostra atirador perseguindo policial durante tiroteio

"Para, Edson! Meu filho", grita uma mulher, enquanto atirador corre atrás do militar - Reprodução/Domingo Espetacular
"Para, Edson! Meu filho", grita uma mulher, enquanto atirador corre atrás do militar Imagem: Reprodução/Domingo Espetacular
do UOL

Do UOL, em São Paulo

27/10/2024 23h43Atualizada em 27/10/2024 23h56

Um vídeo de câmera de segurança mostra Edson Fernando Crippa perseguindo o militar Rodrigo Weber Volz antes de atirar três vezes contra o agente em Novo Hamburgo (RS). O autor dos disparos, que sofria de esquizofrenia, também matou o pai, o irmão e outro militar na semana passada.

O que aconteceu

Na imagem, é possível ver Rodrigo, 31, desesperado após o colega Everton Raniere Kirsch Junior, 31, ser atingido. "Um doido atirou na guarnição!", grita, enquanto tenta se proteger em uma casa vizinha. As imagens foram divulgadas pelo programa Domingo Espetacular, da Record, neste domingo (27).

Depois, o militar aparece correndo no sentido contrário ao atirador. Em seguida, a câmera de segurança mostra Edson atrás de Rodrigo com a arma apontada para frente.

"Para, Edson! Meu filho", grita uma mulher.

Outro momento do vídeo mostra os policiais que foram ao local após o pedido de reforço de Rodrigo. É possível ver um dos agentes carregando um corpo para a calçada.

Rodrigo chegou a ser internado, mas morreu na quinta-feira (24). O colega dele, Everton Raniere Kirsch Junior, também morreu após ser baleado.

Cleris Crippa e Priscilla Martins, mãe e cunhada de Edson, respectivamente, foram internadas em estado grave. A Fundação Hospital Centenário, em São Leopoldo, informou ao UOL na sexta-feira (25) que, apesar da gravidade, elas estavam "lúcias, orientadas e conversando".

O agente da Brigada Militar João Paulo Farias, 26, foi internado na UTI da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo. O estado de saúde dele é estável e ele apresenta "melhora clínica", de acordo com o boletim médico divulgado na sexta.

Também foram internados após o ataque o guarda municipal Volmir de Souza, 54, e a militar Joseane Muller, 38. O UOL não conseguiu contato com os hospitais para atualização sobre o estado de saúde dos dois.

Entenda o caso

Edson Crippa matou o pai, o irmão e dois militares entre a noite da terça-feira (22) e a manhã da quarta-feira (23). Forças de segurança cercaram a casa deles em Novo Hamburgo e, após mais de nove horas de tentativas de negociação, o homem teve morte confirmada por médicos do Samu.

Mortos foram identificados como: Eugênio Crippa, Everton Crippa, além dos agente Everton Raniere Kirsch Junior, 31, e Rodrigo Weber Volz, 31.

Ataque aconteceu após pai de Edson chamar a polícia para denunciar agressões do filho. Segundo a Brigada Militar, tiros foram disparados de forma inesperada pelo homem quando eles conversavam com as vítimas no portão da residência.

Atirador tinha histórico de esquizofrenia e usou as próprias armas, legalizadas, para o ataque. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, mais de 300 munições foram encontradas na casa de Edson e a polícia investiga se ele teria planejado a situação, já que estoque de água e isotônicos foram achados na casa.

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