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5 capitais elegem prefeitos de virada no 2º turno

Fuad Noman, reeleito prefeito de BH  - Reprodução/Instagram/@fuad_noman
Fuad Noman, reeleito prefeito de BH Imagem: Reprodução/Instagram/@fuad_noman
do UOL

Do UOL, em São Paulo

27/10/2024 19h19Atualizada em 27/10/2024 19h19

Das 15 capitais que foram às urnas no segundo turno para eleger seus prefeitos, cinco viveram uma virada. Em Belo Horizonte, Palmas, Fortaleza, Goiânia e Porto Velho, a vantagem conquistada pelos candidatos no primeiro turno não se converteu em vitória no segundo.

Belo Horizonte

A disputa na capital mineira foi acirrada desde o começo. Os candidatos Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD) disputaram os eleitores voto a voto. No primeiro turno, a diferença entre eles foi de 7,9 pontos percentuais. Engler conquistou 34,4% dos votos válidos e Noman, 26,5%.

Engler, do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve apoio dos bolsonaristas, especialmente de Nikolas Ferreira (PL), deputado federal mais votado da história do Minas Gerais, em 2022.

Ao fim da apuração do segundo turno, Noman venceu com 53,7% dos votos, contra 46,2% de Engler, com 99% das urnas apuradas.

Pesquisa Datafolha divulgada no sábado (26) já mostrava Noman, atual prefeito e candidato à reeleição, à frente de Engler. O instituto apontou o candidato do PSD com 53% das intenções de votos, enquanto o do PL tinha 47%. O dado considera os votos válidos, que excluem brancos e nulos e são os únicos considerados pela Justiça Eleitoral, e a margem de erro era de dois pontos percentuais.

Fortaleza

O primeiro turno das eleições na capital do Ceará terminou apertado: André Fernandes (PL) conseguiu 40,2% dos votos, enquanto Evandro Leitão (PT) registrou 34,3%, uma diferença de 5,9 pontos percentuais.

A capital cearense repetiu o clima das eleições presidenciais de 2022, já que a disputa foi entre o PT de Lula e o PL de Bolsonaro. O presidente chegou a participar de comícios ao lado de Leitão em Fortaleza, uma das poucas cidades que ele visitou para apoiar um candidato petista.

Bolsonaro também foi à capital cearense manifestar apoio a Fernandes, mas não participou de comícios, só gravou propaganda eleitoral. O candidato do PL adotou uma atitude mais moderada e evitou citar o ex-presidente para diminuir a possibilidade de rejeição.

Mas Leitão conseguiu reverter a desvantagem e vencer no segundo turno, com 50,3% dos votos, contra 49,6% de Fernandes. A diferença foi de pouco mais de 10 mil votos.

Na véspera, o Datafolha havia mostrado empate técnico entre os dois. O instituto apontava Fernandes com 51% dos votos, e Leitão, com 49%. A margem de erro era de dois pontos percentuais.

Goiânia

Fred Rodrigues (PL) passou para o segundo turno em Goiânia com 31,1% dos votos, à frente de Sandro Mabel (União), que teve 27,7%. A diferença era de apenas 3,4 pontos percentuais.

De um lado, estava o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro. Do outro, o nome apoiado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) visitaram Goiânia para demonstrar apoio a Rodrigues. Já Caiado conseguiu o apoio de líderes evangélicos para Mabel.

Ao final das eleições, porém, o ex-deputado federal Mabel foi eleito com 55,5% dos votos, vencendo Rodrigues, que obteve 44,4%.

O resultado confirmou o apurado em pesquisa Quaest divulgada ontem (26). Ela mostrava Mabel com 54% dos votos, contra 46% de Rodrigues.

Porto Velho

A capital de Rondônia passou por uma virada impressionante em seu segundo turno. Mariana Carvalho (União) fechou o primeiro turno com 44,5% dos votos válidos, conta 25,6% de Léo Moraes (Podemos). A diferença entre eles era de 18,8 pontos percentuais.

No segundo turno, Carvalho recebeu o apoio de diversos adversários, como Célio Lopes (PDT) e Dr. Benedito Alves (Solidariedade). Durante a campanha no primeiro turno, contou também com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle em um ato público que recebeu 20 mil pessoas na cidade.

Léo, que saiu vitorioso na eleição, não recebeu apoio declarado de candidatos derrotados. Ele se apresentava como um homem de centro e fugiu da polarização política.

Leo foi eleito com 56,1% dos votos, enquanto Mariana recebeu 43,8%.

O resultado confirmou a previsão da pesquisa Quaest divulgada no sábado (26), que dizia que Leo tinha 51% das intenções de voto, contra 49% de Mariana.

Palmas

Na capital de Tocantins, Janad Valcari (PL) saiu na frente da eleição ao final do primeiro turno e seguiu na disputa contra Eduardo Siqueira Campos (Podemos). Ela conquistou 39,2% dos votos válidos contra 32,4% do adversário.

A diferença de seis pontos percentuais não foi o suficiente para garantir a prefeitura para candidata do PL. Ela seria a terceira prefeita mulher a assumir a cidade.

Foi a primeira vez que Tocantins definiu a eleição com um segundo turno, já que chegou a 207 mil eleitores em 2024. Conforme a Constituição Federal, apenas cidades com mais de 200 mil habitantes têm segundo turno.

Eduardo Siqueira Campos foi eleito com 53% dos votos no segundo turno. Valcari conseguiu 46,9%.

O resultado contrariou a pesquisa Quaest que saiu no sábado (26), que afirmava que a candidata do PL tinha 51% das intenções de voto contra 49% de Campos.

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