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Boulos: 'Tarcísio fez declaração sobre PCC porque virada está acontecendo'

Guilherme Boulos fala em entrevista coletiva na casa dele, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo - Laila Nery - 27.out.2024/UOL
Guilherme Boulos fala em entrevista coletiva na casa dele, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo Imagem: Laila Nery - 27.out.2024/UOL
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Do UOL, em São Paulo

27/10/2024 15h33Atualizada em 27/10/2024 15h56

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) convocou uma entrevista na casa dele no Campo Limpo, zona sul, neste domingo (27), após o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) dizer, sem provas, que o PCC supostamente orientou voto no psolista.

O que aconteceu

"A virada está acontecendo. Por que o governador faria uma acusação tão absurda e grave quanto essa se achasse que está com a eleição ganha?", questionou Boulos. Ele destacou ainda que entrou com uma ação na Justiça Eleitoral contestando a declaração do governador.

Deputado federal disse esperar que a Justiça aja rapidamente, para evitar que atitudes como essa se tornem recorrentes. "Me surpreende muito o governador usar a máquina pública para falar isso", afirmou. "O governador do estado, no dia da eleição, acusar o candidato opositor a ele, usando a máquina e o poder público, para insinuar o apoio do crime organizado? É desespero que faz com que eles ajam desse jeito."

Tarcísio apoia a candidatura do adversário de Boulos, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Após votar no início desta tarde, o governador disse à imprensa que o PCC orientou familiares a votarem em Boulos em São Paulo. O UOL procurou a Secretaria de Administração Penitenciária do estado, que disse que não se manifestaria sobre o assunto.

Boulos entrou com ação pedindo inelegibilidade de Tarcísio e Nunes. No documento, o advogado do psolista, Francisco Almeida Prado Filho, cita abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo governador.

Candidatos vão às urnas

Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) votaram pela manhã. O psolista voltou a dizer que acredita na virada no resultado das eleições. Por outro lado, Nunes disse que não o apagão "não vai influenciar" o seu desempenho nas urnas.

Meu adversário teve a chance dele durante três anos e meio, e não fez. O que eu e a Marta Suplicy, minha vice, estamos pedindo é uma chance para São Paulo, uma chance para todos vocês que vão às urnas hoje. Ao longo dessa campanha, me atacaram muito, inventaram muitas mentiras a meu respeito porque queriam criar medo na hora que as pessoas fossem votar. Eu quero pedir a todos os eleitores de São Paulo que não depositem medo na urna, depositem esperança e sonho.
Guilherme Boulos (PSOL)

Muito otimista para continuar trabalhando e levando a cidade em um caminho seguro, cuidando das pessoas, avançando em emprego e renda, em investimentos. Quero aproveitar e agradecer minha família em nome da minha esposa, e agradecer ao governador Tarcísio, esse grande parceiro e grande governador, que tem sido fundamental no trabalho da prefeitura de São Paulo e foi fundamental nesse processo eleitoral.
Ricardo Nunes (MDB)

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos votam em São Paulo - RAUL LUCIANO/NINO CIRENZA/ESTADÃO CONTEÚDO - RAUL LUCIANO/NINO CIRENZA/ESTADÃO CONTEÚDO
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos votam em São Paulo
Imagem: RAUL LUCIANO/NINO CIRENZA/ESTADÃO CONTEÚDO

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