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Adiló Didomenico (PSDB) é reeleito em Caxias do Sul (RS)

Adiló Didomenico (PSDB) foi reeleito prefeito de Caxias do Sul - Divulgação
Adiló Didomenico (PSDB) foi reeleito prefeito de Caxias do Sul Imagem: Divulgação
do UOL

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL

27/10/2024 18h08Atualizada em 27/10/2024 19h03

O atual prefeito Adiló Didomenico (PSDB) foi reeleito neste domingo (27) em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. O vice será Edson Néspolo (União).

O que aconteceu

Com 100% das urnas apuradas, o prefeito Adiló (PSDB) ficou com 51,38% dos votos válidos, ou um total de 116.730. Scalco teve 110.476 votos, o equivalente a 48,62% dos válidos.

Adiló Didomenico, 72, é o atual prefeito de Caxias do Sul e recebeu 64.537 votos (27,50%) no primeiro turno. Em 2020, ele obteve 59,57% dos votos válidos, quando disputou o segundo turno com Pepe Vargas (PT).

Tucano recebeu apoio de derrotados. Dos quatro candidatos que disputavam o cargo de prefeito, dois derrotados no primeiro turno, Denise Pessôa (PT) e Felipe Gremelmaier (MDB), declararam apoio a Didomenico. A presidente do PT caxiense, Joceli Veadrigo, disse que a sigla seria oposição independentemente do governo e, por isso, a resolução do diretório aprovou "apoio crítico" a ele. Em nota, o diretório municipal do PT pediu aos apoiadores "a derrotarem a extrema-direita" no segundo turno.

Voto de adversários foi importante. No primeiro turno, Scalco obteve 89.260 votos (38,04% do total). Para superar o adversário, o atual prefeito precisava dos 19.172 votos de Gremelmaier e parte dos 61.684 votos de Denise —que ficou em terceiro lugar.

Didomenico negou negociações com outros partidos. Em debate na Rádio Gaúcha, foi questionado pelo adversário sobre o apoio do PCdoB - que forma federação com o PT. Ele respondeu que não fez negociações em troca de cargos, que manteria a sua linha de trabalho e que não rejeitaria votos.

Vice eleito era opositor da eleição passada. Em 2020, Didomenico e Néspolo (União) eram adversários e, agora, disputaram a prefeitura em uma chapa única. Em entrevista para a Gaúcha Serra, Néspolo disse que achou melhor "somar forças" com Adiló, embora tenha sido consultado também por Denise Pessôa e Maurício Scalco.

Quem é Adiló Didomenico

Adiló é economista e foi comerciante por mais de 40 anos em Caxias. Formou-se na UCS (Universidade de Caxias do Sul) e fez pós-graduação em marketing pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Ocupou ainda dois cargos na Codeca (Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul), que atua nas áreas de limpeza urbana, pavimentação e obras da cidade. De 1989 a 1997, presidiu o conselho administrativo. Entre 2005 e 2012, atuou como diretor-presidente da empresa.

Começou na política na década de 1970. Ele ajudou na fundação do PTB em Caxias do Sul, segundo o jornal O Pioneiro. Em 2012, foi eleito vereador. Porém, no início de 2013, licenciou-se das atividades parlamentares para assumir como secretário municipal de Obras e Serviços. Em 2016, foi eleito novamente vereador.

Político é pai e avô. Adiló é pai de quatro filhos do relacionamento com Célia Didomenico, já falecida. Hoje ele tem um relacionamento com Jussara Canali, com quem está há sete anos.

Segunda cidade mais populosa do RS

Ao assumir em janeiro, Adiló vai governar a segunda cidade mais populosa do Rio Grande do Sul. Em Caxias do Sul, há 463.501 habitantes, conforme censo de 2022 realizado pelo IBGE. A cidade só fica atrás da capital do estado, Porto Alegre. Conhecida pela concentração de indústrias, Caxias do Sul tem o segundo maior PIB do estado, com R$ 31,6 bilhões.

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