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Conservadores vencem em 28 das 51 cidades onde houve segundo turno

Emília Corrêa (PL) foi eleita em Aracaju - Reprodução/redes sociais
Emília Corrêa (PL) foi eleita em Aracaju Imagem: Reprodução/redes sociais
do UOL

Do UOL, em São Paulo

27/10/2024 21h17

Depois de emplacarem a maioria dos prefeitos no primeiro turno, partidos da centro-direita repetiram o feito e elegeram a maioria dos candidatos nas 51 cidades que hoje foram ao segundo turno da eleição municipal.

O que aconteceu

Os partidos conservadores elegeram 28 prefeitos neste domingo. A métrica usada pelo UOL é o GPS Partidário, formulado pelo jornal Folha de S.Paulo, que posicionou as legendas segundo o perfil de coligações, pautas, trocas partidárias e votações na Câmara dos Deputados.

Liderada pelo PL, a direita tradicional é a grande vencedora. Das 16 cidades em que a direita venceu, seis são da legenda de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro:

  • PL: 6 - Anápolis (Márcio Corrêa), Cuiabá (Abílio Brunini), Canoas (Airton Souza), Aracaju (Emília Corrêa), Guarulhos (Lucas Sanches) e São José do Rio Preto (Coronel Fábio Candido);
  • União Brasil - Goiânia (Sandro Mabel), Campina Grande (Bruno Cunha), Natal (Paulinho Freire), Ponta Grossa (Elizabeth Schmidt) e Taboão da Serra (Engenheiro Daniel). Em Jundiaí, Gustavo Martinelli venceu, mas o resultado está sub judice;
  • Republicanos: 3 - Barueri (Beto Piteri), Santos (Rogério Santos) e Sumaré (Henrique do Paraíso);
  • Novo: 1 - Taubaté (Sergio Victor).
lucas sanches - Divulgação - Divulgação
Lucas Sanches (PL), venceu a Prefeitura de Guarulhos
Imagem: Divulgação

Partidos da centro-direita triunfaram em 12 municípios:

  • PP: 4 - Imperatriz (Rildo Amaral), Campo Grande (Adriane Lopes), João Pessoa (Cícero Lucena), e Petrópolis (Hingo Hammes);
  • Podemos: 5 - Guarujá (Farid Madi), São Bernardo do Campo (Marcelo Lima), Limeira (Murilo Felix), Palmas (Eduardo Siqueira Campos) e Porto Velho (Léo);
  • PSDB: 3 - Paulista (Ramos), Santa Maria (Rodrigo Decimo) e Caxias do Sul (Adiló).
Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (UNião Brasil) disputam o 2º turno - Reprodução/Redes Sociais - Reprodução/Redes Sociais
Adriane Lopes (PP) venceu Rose Modesto (União Brasil) no 2º turno em Campo Grande
Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Três partidos do centro tradicional venceram em 17 cidades:

  • PSD: 9 - Belo Horizonte (Fuad Noman), Olinda (Mirella), Caucaia (Naumi Amorim), Piracicaba (Helinho Zanatta) Uberaba (Elisa Araújo), Curitiba (Eduardo Pimentel), Ribeirão Preto (Ricardo Silva), Londrina (Tiago Amaral), São José dos Campos (Anderson Farias);
  • MDB: 7 - Aparecida de Goiânia (Leandro Vilela), Santarém (Zé Maria Tapajós), Belém (Igor Normande), Porto Alegre (Sebastião Melo), Diadema (Taka Yamauchi), Franca (Alexandre Ferreira) e São Paulo (Ricardo Nunes);
  • Avante: 1 - Manaus (David Almeida).
Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT) disputam - Arte/UOL - Arte/UOL
Sebastião Melo (MDB) venceu Maria do Rosário (PT) em Porto Alegre
Imagem: Arte/UOL

A esquerda saiu vencedora em apenas seis cidades:

  • PT: 4 - Fortaleza (Evandro Leitão), Camaçari (Luiz Caetano), Pelotas (Fernando Marroni) e Mauá (Marcelo Oliveira);
  • PDT: 2 - Serra (Weverson Meireles) e Niterói (Rodrigo Neves).
evandro leitão fortaleza - Jarbas Oliveira/Divulgação - Jarbas Oliveira/Divulgação
Evandro Leitão (à direita do presidente Lula) em comício em Fortaleza
Imagem: Jarbas Oliveira/Divulgação

Emendas e onda conservadora explicam

A distribuição de emendas parlamentares e o aumento do conservadorismo ajudam a entender essas vitórias. "Esses partidos são maioria no Congresso e, por isso, contam com um número significativo de emendas", afirma Fábio Andrade, cientista político e professor da ESPM. Este ano, deputados e senadores têm R$ 49,2 bilhões para enviar a seus redutos eleitorais. Nas prefeituras, esse dinheiro é investido em posto de saúde, asfalto, creche e segurança.

Brasil e o mundo estão mais conservadores. "Essa é uma tendência global, e o Brasil não está isolado do resto do mundo. Há um desgaste da política tradicional, e os partidos de esquerda curiosamente são vistos como os mais institucionalizados, por isso acabam tendo um rescaldo maior", afirma Andrade.

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