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Pecuarista é investigado por suspeita de queimar criança com ferro de boi

Braço do menino indígena queimado por ferro de marcar gado, na Ilha do Bananal no Tocantins. - Reprodução
Braço do menino indígena queimado por ferro de marcar gado, na Ilha do Bananal no Tocantins. Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em Brasília.

26/10/2024 20h37

O Tribunal de Justiça do Tocantins aceitou o pedido do Ministério Público do estado para proibir que o pecuarista Flediney Cunha se aproxime de um menino indígena de apenas seis anos, após suspeita de queimá-lo com ferro de marcar gado.

O que aconteceu

Cunha é obrigado a manter distância mínima de 300 metros da criança e seu familiares. O juiz José Eustáquio de Melo Júnior, da 2ª Vara de Cristalândia, também proibiu qualquer forma de contato com a vítima e a família.

Caso aconteceu no começo de outubro na Aldeia Macaúba, Ilha do Bananal, localizada na zona rural de Pium, no Tocantins. De acordo com o boletim de ocorrência, a criança estava brincando perto de pessoas que cuidavam do gado no Retiro Lago Azul, local próximo a aldeia e onde Cunha reside. O pecuarista teria se irritado com o menino e o feriu com o ferro de marcar animais.

Funai tomou conhecimento e informou ao Ministério Público. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Defensoria Pública do Tocantins souberam do caso depois de uma visita na comunidade no dia 18 de outubro.

Polícia Civil de Pium investiga o caso. A ocorrência foi registrada inicialmente em uma delegacia do Mato Grosso, que tomou todas as providências urgentes, e remeteu o acontecimento ao Tocantins.

MP monitora truculência na região. Ao UOL, Isabelle Rocha Valença Figueiredo, promotora de justiça responsável pelo caso, disse que há um trabalho em conjunto com o MP do Mato Grosso para acompanhar os casos de violência nas aldeias indígenas.

O MP vem monitorando as questões de violência nas comunidades indígenas da região. O trabalho tem se intensificado, inclusive, para que seja feito com o auxílio do Ministério Público do MT, em razão da proximidade. Nós estamos acompanhando as investigações junto a polícia civil e monitorando o comportamento do suspeito, através da FUNAI.
Isabelle Rocha Valença Figueiredo, promotora de justiça no MPTO.

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