Nunes fecha campanha em missa sem Tarcísio e padre pede votos ao candidato
O candidato à reeleição para a Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), decidiu, como último ato de campanha, participar de uma missa no Grajaú, extremo sul da capital. A manifestação do sacerdote contraria a legislação, que veta campanha em cultos religiosos.
O que aconteceu
Católico, Nunes fez uma das leituras da cerimônia e foi o primeiro a comungar. O prefeito estava acompanhado do candidato a vice, coronel Mello Araújo (PL), também católico. Diferentemente do encerramento do primeiro turno, o governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não acompanhou a agenda do aliado.
Ao final, o padre João Batista pediu à Nossa Senhora Aparecida que rogasse por Nunes e Mello Araújo. O sacerdote ainda abençoou os dois e pediu os fiéis que votem no candidato, citando o número de urna do emedebista, neste domingo (27), contrariando a legislação, que veta campanha em cultos religiosos.
A Lei Eleitoral proíbe a realização de propaganda em bens de uso comum, como no caso de igrejas e templos religiosos. Segundo o TRE-AL (Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas), os "bens de uso comum são definidos no Código Civil e também são aqueles que a população tem acesso, como clubes, cinemas, lojas, centros comerciais e estádios, mesmo que sejam de propriedade privada".
Nunes minimizou a irregularidade nas declarações do padre. O candidato afirmou que as falas foram uma decisão pessoal do sacerdote.
Durante o dia, Nunes cumpriu agenda focado nas periferias. Além de Heliópolis, na zona sul, o emedebista passou antes por Sapopemba, na zona leste, e seguiu para o Grajaú, no extremo sul, por último. Ao deixar Heliópolis, ele discursou e agradeceu às lideranças comunitárias e a população pelo carinho.
A reportagem tenta contato com a Diocese de Santo Amaro, responsável pela paróquia, para pedido de posicionamento sobre as declarações do religioso. O texto será atualizado tão logo haja manifestação.