Milhares de pessoas protestam em Londres em apoio a influencer de extrema direita detido
Milhares de manifestantes foram às ruas em Londres neste sábado (26) para pedir medidas mais "rígidas" contra a imigração e em apoio ao influencer de extrema-direita Tommy Robinson, detido nesta sexta-feira (25).
O protesto começou na estação de trem Victoria e terminou na Praça do Parlamento, no centro de Londres. Os manifestantes pediram a libertação do influencer, que está sob custódia, e deve participar de uma audiência prevista para esta segunda-feira (28) em um tribunal na cidade.
Tommy, cujo nome verdadeiro é Stephen Yaxley-Lennon, é acusado de desrespeitar uma ordem do Supremo Tribunal, que o proibiu de repetir comentários difamatórios sobre um refugiado sírio, que ganhou um caso na Justiça contra ele.
Aos 41 anos, o cofundador da EDL, a "Liga de Defesa Inglesa", e bastante influente nas redes sociais, já havia sido acusado em julho pelas autoridades britânicas de ter provocado os piores distúrbios no Reino Unido em dez anos. Os protestos ocorreram após a morte de três meninas em um ataque com faca em Southport, no noroeste da Inglaterra.
A manifestação deste sábado, planejada antes da detenção de Robinson, foi cercada de um forte esquema de segurança e dezenas de policiais foram mobilizados.
Vários participantes carregavam cartazes com críticas ao primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer e frases de apoio ao ex-presidente americano "Donald Trump 2024" e ao partido de extrema-direita Reform UK. Alguns deles seguravam bandeiras israelenses.
Os ativistas exigiram o retorno do projeto de deportação de migrantes para Ruanda, abandonado pelo Partido Trabalhista britânico, que assumiu o poder em julho, e pediram a suspensão da chegada de barcos à costa inglesa.
Protesto contra facismo
Uma contra-manifestação "antifascista", segundo os organizadores, também foi organizada no sábado pelo grupo Stand Up to Racism, reunindo sindicatos e ONGs.
O protesto também terminou perto da Praça do Parlamento. A polícia de Londres bloqueou completamente o acesso da área, frequentada por muitos turistas, para evitar o encontro dos ativistas que participaram dos dois protestos.
Com informações da AFP