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Veneza anuncia retorno de taxa contra turistas para 2025

24/10/2024 09h24

VENEZA, 24 OUT (ANSA) - A partir de 2025, turistas poderão ter de pagar até 10 euros, valor equivalente hoje a R$ 62, para visitar o centro histórico de Veneza, um dos destinos mais cobiçados da Itália.   

A Prefeitura da capital do Vêneto aprovou nesta quinta-feira (24) a reintrodução da taxa de acesso que foi testada na cidade entre abril e julho deste ano, medida que busca combater o turismo predatório e melhorar a convivência entre moradores e viajantes.   

A contribuição de entrada foi praticada de maneira experimental durante 29 dias não sequenciais entre 25 de abril e 14 de julho, sobretudo finais de semana, com o valor de cinco euros (R$ 31).   

Já em 2025, a taxa será cobrada em 54 dias, começando pelo período entre 18 de abril e 4 de maio. O calendário ainda incluirá o feriado da Festa da República, em 2 de junho, e todas as sextas-feiras, sábados e domingos até o fim de julho.   

Quem reservar a entrada com até quatro dias de antecedência pagará os mesmos cinco euros de 2024, mas quem decidir de última hora terá de desembolsar o dobro do valor.   

Assim como neste ano, a taxa atingirá apenas viajantes que não pernoitarem no centro histórico de Veneza, e há isenções para moradores da região do Vêneto, menores de 14 anos, trabalhadores pendulares e estudantes.   

"Ninguém nunca fez nada para controlar o turismo, mas eu fiz", disse à ANSA o prefeito Luigi Brugnaro durante uma visita a São Paulo no primeiro semestre. "Lamento pelo incômodo, mas precisávamos fazer alguma coisa", acrescentou.   

No entanto, opositores da medida acusam Brugnaro de querer transformar a cidade em uma "Venezalândia", em referência à Disneylândia.   

Ao mesmo tempo, Veneza é palco recorrentes de protestos contra os maus hábitos de turistas, como urinar na rua, mergulhar em canais e fazer piqueniques em pontes.   

Além disso, muitos culpam o turismo de massa pelo declínio da população do centro histórico, onde a crescente oferta de imóveis de temporada pressiona para cima os aluguéis para moradia devido à menor disponibilidade. (ANSA).   

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