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Após ouro no vôlei em Paris, Velasco seguirá na Itália até 2028

24/10/2024 11h11

ROMA, 24 OUT (ANSA) - O técnico da seleção italiana de vôlei feminino, Julio Velasco, responsável por liderar a equipe na primeira conquista de uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos em Paris, anunciou nesta quinta-feira (24) que permanecerá no cargo até as Olimpíadas de Los Angeles de 2028.   

"Sim, sinto que ainda tenho os olhos do tigre, chegarei a Los Angeles 2028", declarou o argentino em entrevista ao programa "Casa Italia", da Rai Itália, após ser questionado se renovará seu contrato como técnico da seleção nacional.   

Velasco, de 72 anos, é considerado um dos melhores treinadores do mundo e esteve à frente da equipe masculina da Itália durante uma de suas melhores fases, quando o time conquistou, entre outros, a prata olímpica nos Jogos de Atlanta, em 1996, dois Mundiais e cinco Ligas Mundiais.   

Em Paris, em agosto passado, também fez história ao conquistar um ouro histórico com a seleção feminina. A medalha foi faturada após as italianas derrotarem os Estados Unidos, atuais campeões, em três sets, em uma performance dominante da Azzurre, liderada pela estrela Paola Egonu. Velasco começou a treinar a equipe no início do ano, poucos meses antes das Olimpíadas, após substituir o técnico Davide Mazzanti depois de uma má fase.   

Argentino naturalizado italiano, o técnico recebeu hoje o 'Prêmio Patrono do Esporte - Varaldo Di Pietro", um reconhecimento que foi entregue durante cerimônia no Salão de Honra do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), cuja moderação foi feita pelo jornalista e presidente da Lega Pro, Matteo Marani, e pelo chefe da redação esportiva da ANSA, Piercarlo Presutti.   

"No panteão dos esportistas, Velasco merece um lugar especial. O termo 'patrono' parece quase um oxímoro, mas também o é em espírito e alma", enfatizou o presidente do Coni, Giovanni Malagò.   

Paralelamente, Velasco comentou sobre a relação entre o esporte e os atletas estrangeiros. "O esporte na minha opinião reflete uma injustiça, quando é conveniente os filhos dos migrantes tornam-se italianos, quando não é conveniente eles não o fazem", afirmou.   

"O que pode ser feito? Precisamos perguntar aos políticos. Sou desta ideia, deve haver um 'Ius tutto', 'Ius soli', 'scholae', 'sport'. No mundo de hoje, um menino que nasce, estuda e trabalha na Itália deve ser Italiano", concluiu ele, fazendo referência, sem citar, à proposta do partido conservador Força Itália (FI) para reformar o sistema de concessão de cidadania no país. (ANSA).   

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