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Trump prefere abordagem de ditador, diz ex-chefe de gabinete

23/10/2024 11h15

Por Tim Reid

WASHINGTON (Reuters) - Um dos ex-chefes de gabinete de Donald Trump na Casa Branca disse, em uma série de entrevistas publicadas nesta terça-feira, que o ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos atende à definição de fascista e "prefere a abordagem de ditador ao governo".

Faltando menos de duas semanas para a eleição presidencial de 5 de novembro, John Kelly, um crítico de longa data de Trump, disse ao jornal The New York Times que o ex-preisidente não entende a Constituição dos EUA ou o conceito de Estado de Direito, e advertiu que ele procurará governar como um líder autoritário se retornar à Casa Branca.

Kelly, um general aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, atuou como chefe de gabinete de Trump na Casa Branca entre 2017 e 2019.

Desde então, o relacionamento entre os dois homens azedou e ambos falam abertamente sobre o desdém que sentem um pelo outro. Kelly já fez comentários críticos sobre Trump em entrevistas anteriores.

Steven Cheung, um porta-voz da campanha de Trump, disse em um comunicado que Kelly "se envergonhou totalmente com essas histórias desmentidas".

A oponente democrata de Trump, a vice-presidente, Kamala Harris, tem criticado comentários que ele fez durante um evento da Fox News em dezembro, quando disse que, se ganhar a eleição deste ano, será um ditador, mas somente no "primeiro dia", para fechar a fronteira sul com o México e expandir a produção de petróleo.

Kamala e seus pares democratas argumentam que Trump é uma ameaça à democracia dos EUA, o que ele nega.

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