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Citi corta preço-alvo de Magalu para R$11,50 e mantém recomendação "neutra/alto risco"

23/10/2024 09h01

Por Paula Arend Laier

(Reuters) - Analistas do Citi cortaram o preço-alvo para as ações da Magazine Luiza de 18 para 11,50 reais e reiteraram recomendação "neutra/alto risco" para os papéis, conforme relatório a clientes nesta quarta-feira em que atualizaram previsões para a varejista.

João Pedro Soares e Felipe Reboredo afirmaram reconhecer que a agenda da Magalu para melhorar as margens tem se movido relativamente bem depois que ambas as margens bruta e Ebitda superarem as previsões deles consideravelmente no segundo trimestre.

Também destacaram que as lojas físicas da empresa se recuperaram claramente, enquanto a maior penetração de serviços tem sido um importante impulsionador para a margem bruta.

"No entanto, vemos um crescimento de médio prazo mais limitado para 1P/3P (plataforma e-commerce) devido ao cenário macro desfavorável para o setor - taxas de juros/altos custos de financiamento - e à concorrência com mercados internacionais - notamos Mercado Livre e Amazon se expandindo para eletrônicos/eletrodomésticos", afirmaram.

Além disso, os analistas apontaram que as taxas de juros persistentemente elevadas aumentam as despesas financeiras da Magalu e pressionam a previsão do lucro deles para a companhia, que foi reduzida em 28% para 2025, para 516 milhões de reais.

"Vemos a Magalu sendo negociada a 14 vezes o preço sobre o lucro para 2025, o que não é trivialmente exigente, mas parece refletir razoavelmente seu perfil de menor crescimento", acrescentaram, estimando uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7,5% para o período de 2025 a 2028.

Para o terceiro trimestre, que terá os números conhecidos no próximo dia 7 de novembro, o Citi calcula lucro líquido ajustado de 46 milhões de reais, com GMV total de 15,6 bilhões de reais e margem bruta de 30,9%. Para o Ebitda ajustado, estima 697 milhões de reais, com a margem nessa métrica em 7,9%.

Na véspera, as ações do Magalu fecharam a 9,30 reais, acumulando em 2024 um declínio de quase 57%.

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