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Polícia investiga venda de Ozempic supostamente falso após internação no RJ

Mulher foi internada após usar Ozempic supostamente falsificado Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte

22/10/2024 15h53

A Polícia Civil investiga suposta falsificação do medicamento Ozempic no Rio de Janeiro, após mulher de 46 anos ter sido internada no Hospital Copa D'Or na última quinta-feira (17).

O que aconteceu

A mulher deu entrada no Hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro, apresentando um quadro clínico de difícil identificação. Ela foi atendida e recebeu alta no dia seguinte.

A paciente faz tratamento com Ozempic. O medicamento, aprovado pela Anvisa para o controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2, também é usado para controle de obesidade.

Em nota, o hospital informou que a fabricante do Ozempic havia emitido um alerta recentemente sobre possíveis casos de falsificação. Assim, houve a suspeita que a paciente poderia ser uma vítima. O hospital acionou as autoridades responsáveis. A Polícia Civil investiga o caso.

Farmácia onde a mulher comprou o medicamento foi vistoriada. A fiscalização foi realizada na última segunda-feira (21), por policiais civis e representantes da Ivisa-Rio (Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária).

Três caixas do medicamento foram apreendidas e o proprietário foi ouvido. A Ivisa-Rio informou que a farmácia recebeu autuação e interdição parcial para venda de medicamentos controlados.

A Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, divulgou nota alertando sobre casos de falsificação do produto no Rio de Janeiro e em Brasília. "Há indícios de que canetas de insulina Fiasp FlexTouch foram readesivadas com rótulos de Ozempic possivelmente retirados indevidamente de canetas originais do medicamento."

Quem usa o medicamento deve ficar atento aos detalhes da caneta antes da aplicação, segundo a fabricante. "A caneta de Ozempic é de cor azul clara, com o botão de aplicação cinza. Já canetas de Fiasp são azuis escura, com botão laranja." A Novo Nordisk também alerta para o caso da embalagem do produto estar visivelmente alterada, em outro idioma, com apresentação diferente da registrada ou com informações incorretas sobre o produto.

A Anvisa alerta que já identificou três lotes de semaglutida (princípio ativo do Ozempic) falsificada:

- Lote MP5A064, prazo de validade 10/2025, que apresenta em sua embalagem secundária a concentração de 1,34 mg/mL, em idioma espanhol, que as divergem do lote original;

- Lote LP6F832, data de validade 11/2025;

- Lote MP5C960, que apresentem em sua embalagem secundária a concentração de 1 mg, em idioma espanhol.

São sinais de desvios de qualidade ou de adulteração do produto: alterações de aspecto, cor, odor, sabor e volume ou presença de corpo estranho. Sempre que houver dúvida, o usuário deve entrar em contato com o serviço de atendimento do laboratório farmacêutico para checar as informações e origem do produto. A falsificação de medicamentos é crime e quando identificada deve ser encaminhada às autoridades policiais.
Anvisa, em nota

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