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Itaú Corretora vê receita crescendo 50% em 2024 após transformação

22/10/2024 09h12

SÃO PAULO (Reuters) - A Itaú Corretora deve fechar 2024 com crescimento de cerca de 50% na receita, ainda colhendo os resultados da transformação iniciada em 2021, que incluiu investimentos em sistemas mais robustos, oferta de mais produtos, expansão de equipe e aumento da integração com o ecossistema do maior banco do país.

"Quando montamos toda esse arcabouço... a corretora começou a ter um crescimento bastante intenso", disse à Reuters Márcio Kimura, superintendente da corretora para pessoa física do Itaú Unibanco. No ano passado, a receita aumentou 100,4% e em 2022 subiu 94,7%.

O executivo ressaltou que nos últimos anos houve expansão em todas as linhas, com variações expressivas em várias delas, desde volume negociado e ordens negociadas a saldo. A base de clientes alcançou cerca de 1,8 milhão de usuários.

Ele apontou que a prateleira de produtos mais completa desenvolvida nos últimos anos ajudou a Itaú Corretora a reduzir a dependência em renda variável, que há cerca de cinco, seis anos representava aproximadamente 80% da receita e agora responde por cerca de 10%.

"Com isso, conseguimos este ano, mesmo com esse cenário desafiador, crescer em todas as linhas, mesmo nas linhas de renda variável", reforçou.

Kimura destacou que a renda fixa, dado o nível elevado dos juros, é "uma oportunidade bastante grande para crescer" e chamou a atenção para a sinergia com o Itaú BBA, unidade de banco de investimento e para grandes empresas do Itaú.

Em renda variável, disse que também há oportunidades, embora não tão óbvias, mas que é uma via que pode trazer um crescimento importante para a corretora à medida que o cenário macroeconômico se tornar mais estável.

O esforço da Itaú Corretora acompanha uma tendência, com outros bancos reorganizando suas áreas de investimento para pessoa física, principalmente na alta renda, em busca da principalidade dos clientes diante do crescimento de rivais como XP e BTG Pactual na área de investimentos.

"Os ecossistemas estão todos evoluindo, cada um com sua estratégia", acrescentou Fábio Horta, diretor de assessoria de investimentos do Itaú, afirmando que, no caso do banco, essa evolução está ocorrendo "super-rápido" e de forma "bastante transversal" em várias linhas.

"Nós queremos ganhar market share de forma expressiva nos próximos anos, figurar entre os primeiros, sem dúvida, mas também temos ambições de conseguir ser mais, oferecer melhores produtos para os nossos clientes, ter uma gama muito mais ampla e com isso buscar a principalidade", acrescentou Kimura.

Segundo os executivos, com as mudanças, a Itaú Corretora saiu do quinto lugar em market share em volume negociado na B3 nos últimos dois anos para o terceiro lugar em 2024. E afirmaram que ainda há muitas coisas para entregar, navegando também por vertentes como o open finance e inteligência artificial.

(Por Paula Arend Laier)

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