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FMI mantém previsão para alta do PIB global este ano, mas rebaixa a de 2025, ambas em 3,2%

São Paulo

22/10/2024 10h23

O Fundo Monetário Internacional (FMI) deixou inalterada a previsão para o desempenho da economia global este ano e passou a esperar expansão marginalmente mais baixa em 2025. Os números aparecem no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgada nesta terça-feira, 22.

Segundo o documento, o FMI manteve em 3,2% a projeção para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2024.

Para o ano que vem, o organismo com sede em Washington D.C projetou crescimento de 3,2%, abaixo do prognóstico de 3,3% estimado em julho.

Para o FMI, em relação às grandes economias, o PIB aproxima-se do potencial. À medida que a inflação recua, espera-se que as taxas de juros sigam o mesmo rumo, evitando aumentos nas taxas de juros reais.

EUA

O FMI elevou a projeção do PIB dos Estados Unidos em 2024, e projetou uma desaceleração mais branda do ritmo para 2025. Agora, a instituição espera que os EUA cresçam 2,8% neste ano, ante o prognóstico anterior de 2,6%. O FMI levou em conta resultados mais fortes no consumo e investimento não residencial.

"A resiliência do consumo é em grande parte o resultado de aumentos robustos dos salários reais (especialmente entre famílias de baixa renda) e dos efeitos de riqueza", ressaltou o documento.

Para 2025, a perspectiva é que o crescimento desacelere para 2,2% nos EUA, ante a projeção anterior que previa um desempenho de 1,9%. O cenário contemplou uma política fiscal gradualmente apertada e um mercado de trabalho em arrefecimento, que retardarão o consumo.

Zona do euro

O FMI não demonstrou o mesmo otimismo com a zona do euro. A projeção para o PIB da zona do euro neste ano foi revisada de 0,9% em julho para 0,8% agora. O desempenho das exportações, particularmente, de bens deve dar respaldo para esse resultado.

Para 2025, a estimativa foi cortada de uma expansão de 1,5% em julho para 1,2% no relatório divulgado nesta terça. Espera-se que o aumento dos salários reais dê suporte ao consumo, enquanto o afrouxamento gradual da política monetária deve apoiar o investimento.

Um forte impacto para o desempenho do bloco econômico deve vir da Alemanha, que está vivenciando o efeito da pressão da consolidação fiscal e uma forte queda nos preços de imóveis. O relatório reduziu a projeção para o PIB alemão para zero neste ano e 0,8% em 2025. Em julho, o FMI previa 0,2% e 1,3%, respectivamente.

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