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Nunes cobra de Boulos posição sobre 'saidinha'; psolista o culpa por apagão

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos em debate da Record - Reprodução
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos em debate da Record Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

19/10/2024 21h33Atualizada em 19/10/2024 21h49

Candidatos à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) começaram o penúltimo debate da campanha, realizado por Record/Estadão na noite deste sábado (19), trocando acusações.

O que aconteceu

Nunes usou fala inicial para questionar se Boulos "apoia a bandidagem". "Você, a vida inteira, defendeu o fim da Polícia Militar. Não votou favorável ao aumento de penas para criminosos. Eu queria te perguntar, não parece que você está apoiando a bandidagem e é contrário à Polícia Militar?", perguntou.

Boulos disse que o candidato à reeleição iniciou o programa com "mentiras". "O modelo de polícia que eu defendo é armada, um modelo que dá certo na Europa, uma polícia que é dura com o crime, mas que trata os cidadãos de maneira igual", respondeu.

Prefeito também questionou se o deputado era a favor das "saidinhas" —as saídas temporárias de detentos em datas específicas. Momentos depois, questionado por uma jornalista sobre as "saidinhas", declarou que defende o que diz a lei. "O que a lei já diz é que quem é autor de crimes violentos não tem direito a 'saidinha'. Essa é a grande questão, é isso que eu defendo, e é o que a lei já determina. É isso que está em jogo e foi votado. Primeiro momento votado, aliás, na Câmara, simbolicamente, com acordo de todos os partidos na votação."

O psolista mudou a conversa para o tema apagão em São Paulo. O candidato disse que o eleitor está interessado no assunto, pois 3 milhões de residências ficaram no escuro na semana passada. "Em junho, a prefeitura assumiu a responsabilidade de manejo e de retirada de árvores próximas aos fios elétricos. Ricardo, mesmo com esse documento, mesmo tendo essa responsabilidade, por que você não assumiu a responsabilidade e culpou o presidente Lula (PT) pelo apagão?", questionou.

Nunes disse que é o governo federal quem fiscaliza e regula a Enel. "Está no contrato a concessão: a fiscalização e a regulação da Enel, das empresas que têm concessão de energia no Brasil inteiro, é do governo federal, é do ministro de Minas e Energia, que estava lá na Europa, agora."

Quem é o culpado pelo apagão?

A concessionária Enel tem responsabilidade direta pela falta de luz. Porém, o contrato de concessão da empresa não prevê prazo para restabelecimento do serviço em caso de um evento climático que provoque a falta de luz, como a tempestade da última sexta-feira (11).

Ações preventivas são de responsabilidade da Enel e da prefeitura. É a administração municipal quem cuida das árvores na cidade, mas as distribuidoras de energia devem realizar a poda nos casos em que houver risco para o sistema elétrico. Em São Paulo, a prefeitura firmou um convênio com a Enel para a poda de árvores.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) tem o objetivo de fiscalizar as concessionárias de energia. Trata-se de uma autarquia ligada ao Ministério de Minas e Energia. O diretor-geral está no último ano de mandato, e foi apontado no governo anterior.

Participam desta cobertura: Anna Satie, Bruno Luiz, Laila Nery, Rafael Neves e Wanderley Preite Sobrinho, do UOL, em São Paulo

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