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OPINIÃO

Tales: Rejeição de Boulos se cristalizou com ataques de Marçal

do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/10/2024 10h54

Os seguidos ataques realizados por Pablo Marçal (PRTB) ao longo do primeiro turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo solidificaram a alta taxa de rejeição a Guilherme Boulos (PSOL), afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta sexta (18).

Segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem, Boulos apresenta uma rejeição de 56% —era de 58% no levantamento anterior. Já a taxa de Nunes oscilou de 37% para 35%. No primeiro turno, Marçal associou o candidato do PSOL ao consumo de drogas e apresentou um laudo médico falso, segundo o qual o psolista teve um surto psicótico grave por uso de cocaína.

A única possibilidade de virada seria derrubar a rejeição dele próprio. Esse é o principal problema do Boulos. A rejeição não permitiu que os votos que desistiram do Nunes migrassem para ele. Por que essa rejeição? Essa é a grande pergunta.

A hipótese mais aceitável é que essa rejeição esteja cristalizada por conta dos sucessivos ataques do Marçal no primeiro turno, quando ele mirou Boulos. Fez aquelas coisas de droga, de que ele usava cocaína, bateu de todas as formas no Boulos e isso cristalizou uma visão de que ele é invasor de terreno e é de ultraesquerda. Tales Faria, colunista do UOL

Tales vê um quadro complicado para Boulos na disputa com Nunes, uma vez que os níveis de rejeição ao candidato do PSOL permanecem elevados a pouco mais de uma semana da votação do segundo turno.

Boulos não está conseguindo reverter isso. Se ele diminuir a rejeição, pode até ser que ganhe alguma coisa, mas para dar uma virada teria que haver uma queda significativa da rejeição. É muito difícil o quadro para Boulos neste momento.

Se você tem uma rejeição de 56%, como aponta o Datafolha, é muito pouco provável que se consiga superar os 50% dos votos a seu favor. A situação do Boulos é muito ruim. Vamos ver como ele tentará sair dessa. Tales Faria, colunista do UOL

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