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Defesa Civil alerta para chuva mais volumosa em menos tempo no estado de SP

Pedestres enfrentam chuva forte na região central da cidade de São Paulo - BRUNO ESCOLASTICO/ESTADÃO CONTEÚDO
Pedestres enfrentam chuva forte na região central da cidade de São Paulo Imagem: BRUNO ESCOLASTICO/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo

18/10/2024 17h09

A Defesa Civil atualizou o estado de alerta para chuvas e ventos intensos, em um período menor, em várias regiões do estado de São Paulo neste fim de semana.

O que aconteceu

Acumulado de chuvas, que era de 200 milímetros, pode chegar a 250 milímetros em algumas cidades. Outra alteração é o período do acumulado, que era de 72 horas, passou para 24 horas. O alerta é motivado pela passagem de uma frente fria, que trará precipitações significativas, acompanhadas de raios, rajadas de vento de mais de 60 km/h e por possíveis quedas de granizo em pontos isolados.

A equipe, no entanto, não especifica em qual região está previsto esse acumulado.

Essa atualização está relacionada principalmente à mudança em relação ao período dos acumulados de chuva. No alerta anterior que emitimos de sexta até domingo tinha acumulados para 72 horas. Ou seja, essa chuva persistia durante três dias. Agora, o que nós temos é um acumulado mais denso em 24 horas. Capitão Roberto Farina, diretor de comunicação da Defesa Civil

Gabinete de crise foi instalado no Palácio dos Bandeirantes às pressas para monitorar próxima chuva. O governo teme que o mesmo problema que ocorreu na semana passada, quando milhares de pessoas ficaram sem energia, volte a acontecer neste fim de semana, quando há previsão de chuva volumosa.

Plano para redução de danos foi solicitado. Um ofício assinado pelo secretário chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, coronel Henguel Ricardo Pereira, solicitando reunião e pedindo às concessionárias um plano com ações para mitigar danos e interrupções no fornecimento de energia.

Algumas regiões do estado devem receber o maior volume de chuva. São elas:

  • Região Metropolitana
  • Vale do Ribeira e Itapeva
  • Presidente Prudente
  • Baixada Santista e Vale do Paraíba
  • Litoral Norte
  • Araçatuba, Bauru, Campinas, Franca, Barretos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba, Serra da Mantiqueira

É importante que as pessoas se atentem aos alertas e tenham a percepção de risco em caso de chuva e ventos fortes. Evitem áreas abertas, encostas, tomem cuidado com quedas de árvores e busquem abrigo e um local seguro. Secretário-chefe da Casa Militar e Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Henguel Ricardo Pereira

Dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de SP mostram que outubro registrou até o momento 25,1 mm de chuva. O número corresponde a 22,3% dos 112,7mm esperados para o mês. Cada milímetro de chuva significa um litro de água por metro quadrado.

Apagão afetou 3,1 milhões após chuva

Número real de pessoas afetadas pelo apagão foi de 3,1 milhões na capital e na região metropolitana. O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, diz que a empresa trabalhava com o número de 2,1 milhões porque algumas residências tiveram a energia restabelecida em até quatro horas após o apagão após a chuva do dia 11. "Isso aconteceu porque a gente tem tecnologia na rede, capaz de remanejar o fluxo de energia e fazer esse restabelecimento de maneira automática e, algumas vezes, remota".

A Enel diz que trechos inteiros da rede foram danificados. Segundo a distribuidora, será preciso reconstruir, trocar postes, transformadores e outros equipamentos.

Distribuidora deixou de investir R$ 602 milhões previstos para São Paulo. Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, nesta segunda (14), uma vistoria realizada pelo Ministério Público mostra que a Enel deixou de investir em sua infraestrutura, conforme previsto em planejamento.

Previsão do tempo - Reprodução/Climatempo - Reprodução/Climatempo
Chuva volumosa é prevista para atingir região castigada pela seca nos últimos meses
Imagem: Reprodução/Climatempo

Chuva volumosa no Centro-Oeste do Brasil

O tempo instável também atingiu as regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, locais castigados pela seca severa nos últimos meses, ao longo desta semana.

As duas regiões estão sob a influência de vários sistemas meteorológicos. Isso irá contribuir para o aumento de chuvas nessas áreas. Os maiores volumes acumulados podem ultrapassar os 80 mm ao longo dos próximos dias no Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal. Muitas cidades desses estados chegaram a ficar mais de 100 dias sem uma gota de chuva.

O Rio Grande do Sul será atingido por frente fria. Os primeiros efeitos já foram sentidos nesta terça-feira (15).

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