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Alguns membros do BCE defenderam abandonar promessa de postura restritiva, dizem fontes

18/10/2024 08h55

Por Francesco Canepa e Balazs Koranyi

FRANKFURT (Reuters) - Algumas autoridades do Banco Central Europeu defenderam a retirada da promessa de manter a política monetária restritiva durante a reunião realizada na quinta-feira, uma vez que a inflação pode agora ser menor do que o previsto há apenas algumas semanas, disseram cinco fontes à Reuters.

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A ideia não ganhou força, mas sugere que o debate dentro do BCE, que cortou a taxa de juros na quinta-feira pela terceira vez este ano, está cada vez mais mudando da batalha contra a inflação alta para a retomada do crescimento econômico da zona do euro.

Na reunião, alguns membros sugeriram que a inflação pode se estabilizar na meta de 2% do BCE alguns trimestres antes dos últimos três meses do próximo ano, conforme previsto pelo banco no mês passado, disseram as fontes.

Eles argumentaram a favor do abandono de uma promessa de longa data de manter os custos dos empréstimos "suficientemente restritivos pelo tempo que for necessário", acrescentaram as fontes.

Economistas apontam que os juros são restritivos quando são altos o suficiente para desacelerar a economia e, com isso, a inflação, de modo que a mudança teria sinalizado que mais cortes estariam por vir.

Um porta-voz do BCE não quis comentar.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse durante sua coletiva de imprensa que a inflação cairá para 2% "no decorrer do próximo ano", em vez de "no segundo semestre do próximo ano", como ela havia dito após a reunião de 12 de setembro. O banco publicará novas projeções em sua próxima reunião de política monetária, em 12 de dezembro.

Lagarde não forneceu pistas sobre os movimentos futuros do BCE, mas quatro fontes próximas ao assunto disseram à Reuters na quinta-feira que um quarto corte em dezembro é provável, a menos que os dados econômicos ou de inflação mudem nas próximas semanas.

No entanto, a eleição presidencial dos Estados Unidos e a ameaça de novas tarifas comerciais caso Donald Trump seja eleito são vistas como uma importante fonte de incerteza, acrescentaram as fontes.

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