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Ibovespa recua com declínio do minério de ferro e avanço nos juros futuros

17/10/2024 10h56

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava mais de 1% nesta quinta-feira, pressionado pela queda de 2% da blue chip Vale, na esteira do declínio do preço do minério de ferro na China, e pelo avanço nas taxas futuras de juros no Brasil, em meio a persistentes preocupações fiscais e alta nos rendimentos dos Treasuries.

Por volta de 10h50, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 1,06%, a 130.357,59 pontos, descolado do viés em Wall Street, onde o S&P 500 subia 0,38%.

O volume financeiro no pregão brasileiro somava 3,32 bilhões de reais em sessão véspera de vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.

No Brasil, de acordo com o economista-chefe da Genial Investimentos, José Marcio Camargo, a questão fiscal continua a gerar ruídos, sem indicações de que reformas estão em discussão, "o que gera mais dúvidas entre os investidores sobre o que será efetivamente enviado ao Congresso".

Nesta sessão, além do efeito da incerteza fiscal, a alta nas taxas dos contratos de DI - que reverbera nas ações - era reforçada pelo avanço nos yields dos títulos do Tesouro norte-americano, em meio a dados sobre vendas no varejo e pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos.

DESTAQUES

- VALE ON recuava 2,07%, enfraquecida pelo tombo dos preços do minério na China, em razão da falta de novos estímulos no principal consumidor da commodity e aumento da oferta. O contrato futuro mais negociado na Bolsa de Commodities de Dalian encerrou as negociações com queda de 5,99%.

- CSN ON caía 1,17%, contaminada pela queda generalizada, mesmo após divulgar o preço pelo qual vai vender até 11% de participação na CSN Mineração - de 7,50 reais por ação, um prêmio de 26% em relação ao fechamento de terça-feira, antes do anúncio do acordo com a japonesa Itochu.

- PETROBRAS PN cedia 0,67%, em meio à hesitação dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era transacionado praticamente estável.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,34% e BANCO DO BRASIL ON recuava 0,49%, com o setor também sofrendo pelo forte ajuste negativo na bolsa. BRADESCO PN era negociada em baixa de 0,6% e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,93%.

- B3 ON recuava 2,82%, devolvendo os ganhos acumulados desde o começo da semana, de 2,71% até a véspera, também pressionada nesta sessão pelo viés negativo no pregão.

- KLABIN UNIT avançava 0,34%, entre as poucas altas da sessão, endossada pela valorização do dólar ante o rela, o que ajudava também SUZANO ON, com ganho de 0,11%.

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