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Enel promete aumentar investimentos para R$ 2 bilhões por ano

17/10/2024 09h16

SÃO PAULO, 17 OUT (ANSA) - O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, disse que a companhia vai aumentar os investimentos para uma média de R$ 2 bilhões por ano, na esteira dos eventos climáticos extremos que provocaram dois apagões na capital paulista desde o fim de 2023.   

Em coletiva de imprensa em São Paulo, o executivo defendeu que o contrato de concessão da empresa seja "modernizado" com "incentivos para investimentos em resiliência", em meio à polêmica deflagrada pelo blecaute da sexta-feira passada (11), quando um temporal com ventos de mais de 100 quilômetros por hora provocou sete mortes, derrubou dezenas de árvores e deixou 3,1 milhões de pessoas sem energia.   

"Nos cinco anos antes da entrada da nossa empresa em São Paulo, a média de investimentos era de R$ 800 milhões por ano.   

Quando entramos, esse número aumentou para R$ 1,4 bilhão. A partir deste ano e nos próximos dois anos, vamos fazer uma média de R$ 2 bilhões por ano", declarou Lencastre.   

"Precisamos ter incentivos para investimentos em resiliência, e os atuais contratos não têm esse incentivo", acrescentou o presidente, destacando que redes elétricas "precisam de investimentos massivos de longa maturação", assim como a transição energética.   

"Esse foi o maior evento já registrado com níveis de rajada de vento na Região Metropolitana de São Paulo", salientou.   

Inicialmente, 3,1 milhões de clientes ficaram sem energia, cifra que caiu para 2,1 milhões às 23h59 de 11 de outubro. De acordo com Lencastre, todos os afetados pelo temporal tiveram o abastecimento retomado.   

"Ao longo desta madrugada, os clientes interrompidos nos dias 11 e 12 foram integralmente restabelecidos. Nesse momento, 35 mil clientes estão sem energia, isso significa uma operação muito próxima da normalidade do nosso negócio", explicou.   

Lencastre ainda garantiu que as equipes mobilizadas nos últimos dias continuarão em campo, em vista das previsões de novos temporais no fim de semana. (ANSA).   

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