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Advogada de Mbappé vai registrar queixa por calúnia após investigação de estupro na Suécia

16/10/2024 07h50

É forte a repercussão da acusação de estupro contra o jogador francês Kylian Mbappé. A advogada do atacante anunciou na terça-feira (15) sua intenção de registrar uma queixa por calúnia após a abertura de uma investigação na Suécia. 

 

"O caso Mbappé" é a manchete do jornal Le Parisien que estampa sua capa com uma foto da estrela do Real Madrid. O enviado especial do diário a Estocolmo refez todos os trajetos do jogador durante as menos de 48h que ele passou na capital sueca na semana passada.

Aos 25 anos, Mbappé "é um dos solteiros mais famosos do planeta, e também um dos mais ricos", afirma a matéria. Le Parisien destaca que o craque esteve em Estocolmo para aproveitar de uma curta folga concedida pelo Real Madrid. 

Em companhia do jogador francês Nordi Mukiele, de uma assistente e de um guarda-costas, Mbappé frequentou uma boate, um restaurante e se hospedou em um hotel na capital sueca. A curta visita "o mergulhou em um possível escândalo sexual cuja gravidade ainda é difícil de medir", diz o texto.

"Surpresa e confusão na Suécia" é o título de uma matéria do jornal Libération. O diário afirma que o Ministério Público sueco confirmou a realização de uma investigação sobre uma denúncia de estupro, mas sem citar o nome de Mbappé. No entanto, dois tabloides e um canal de TV do país revelaram que o jogador francês foi acusado de agressões sexuais por uma mulher, cuja identidade é desconhecida até o momento.

Incredulidade e tristeza

O correspondente do jornal Le Figaro em Estocolmo afirma que o escândalo chamou a atenção de toda a mídia do país, nacional e regional. Nas ruas da capital sueca, o diário indica que as opiniões se dividem entre incredulidade e tristeza. 

Uma reação similar é descrita pela advogada do atacante, Marie-Alix Canu-Bernard, segundo a qual Mbappé está "atônito", mas "sereno", porque, segundo ela "ele não tem nada a se arrepender". Em entrevista ao canal francês TF1 na noite de ontem, ela afirmou ser "impossível ser vítima de calúnia e informação desta forma".

O jornal também lembra que na Suécia, a noção de consentimento é muito mais precisa que na França. A ausência de um "não" pode ser interpretada como uma recusa implícita. Desde 2018, as vítimas também não precisam mais provar que houve violência, ameaças ou situação de vulnerabilidade em um estupro. Desde que entrou em vigor, a nova definição suscitou um aumento de 75% nas condenações entre 2019 e 2020.

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