Milhões de pessoas no sul da África enfrentam a pior crise alimentar em décadas, alerta o PMA
Milhões de pessoas no sul da África estão enfrentando a pior crise alimentar em décadas, disse o Programa Mundial de Alimentos (PMA) nesta terça-feira, alertando que sua capacidade de fornecer auxílio corre o risco de ser prejudicada por falta de financiamento.
Em meio a condições de seca sem precedentes, um recorde de cinco países - Lesoto, Malaui, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue - declararam estado de calamidade e pediram apoio humanitário internacional, segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU). Angola e Moçambique também foram gravemente afetados e cerca de 21 milhões de crianças estão desnutridas.
"A menos que recebamos recursos adicionais, milhões de pessoas correm o risco de passar pela pior estação de escassez em décadas sem assistência", disse o porta-voz do PMA, Tomson Phiri, em uma entrevista coletiva em Genebra.
A agência está planejando fornecer alimentos e, em alguns casos, assistência em dinheiro para mais de 6,5 milhões de pessoas nos sete países mais atingidos para cobrir o período até a próxima colheita em março.
O PMA disse, no entanto, que recebeu apenas cerca de um quinto dos 369 milhões de dólares de que precisa.
"As colheitas fracassaram, o gado pereceu e as crianças têm sorte de receber até mesmo uma refeição por dia. A situação é terrível e a necessidade de ação nunca foi tão clara", disse Phiri.
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