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Empresas dos EUA vão investir US$ 20 bilhões no México em 2025

15/10/2024 16h16

Quatro empresas dos Estados Unidos vão investir 20 bilhões de dólares (R$ 112,7 bilhões) no México em 2025, anunciou a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, nesta terça-feira (15), após se reunir com empresários americanos.

A injeção de capital abrange os setores de energia, turismo e comércio. "Foram anunciados pelo menos quatro investimentos importantes de cerca de 20 bilhões de dólares no nosso país para 2025", disse a presidente em coletiva de imprensa.

O ministro de Economia do México, Marcelo Ebrard, detalhou que o maior investimento anunciado durante o encontro é de aproximadamente 15 bilhões de dólares (R$ 84,5 bilhões), a cargo da empresa Mexico Pacific, especializada no desenvolvimento de energias limpas.

A empresa de cruzeiros Royal Caribbean destinará 1,5 bilhão de dólares (R$ 8,4 bilhões) para desenvolver um projeto turístico no sul do estado de Quintana Roo (sudeste), onde está localizado o balneário de Cancún.

A Amazon fortalecerá sua rede e capacidade digital no México com um investimento de 6 bilhões de dólares (R$ 33,8 bilhões), enquanto outra empresa especializada em depósitos de combustíveis anunciou cerca de 10,4 bilhões de dólares (R$ 58,6 bilhões) durante 2025 e 2026.

Claudia Sheinbaum, que assumiu a Presidência mexicana no último dia 1º, reuniu-se hoje com 240 líderes de empresas do México e dos Estados Unidos, principal parceiro comercial do país.

"O anúncio de montantes tão significativos em uma primeira reunião com a presidente diz muito sobre a posição, percepção e vontade dos investidores (...) em relação ao que significam as possibilidades deste novo governo", destacou Ebrard.

- Eliminar preocupações -

Os investimentos são anunciados no momento em que Estados Unidos e Canadá manifestam preocupação com o impacto na relação econômica que poderia ser causado pela polêmica reforma constitucional que tornou o México o primeiro país que passará a eleger todos os juízes e ministros da Suprema Corte por voto popular.

Os dois países, sócios do México no acordo de livre-comércio T-MEC, temem pela segurança jurídica e possível interferência do narcotráfico na eleição de juízes, o que motivou notas diplomáticas de protesto do governo mexicano em agosto.

A presidente mexicana buscou hoje eliminar as preocupações, ressaltando que a reforma do Judiciário "não representa um problema para o investimento no país".

Questionada se o aumento da violência nos estados do norte do México poderia colocar em risco os investimentos, Claudia garantiu que o tema da segurança nunca foi levantado por investidores.

Sobre a revisão do T-MEC em 2026, a presidente disse que a posição do México será a de "manter o tratado com poucas alterações".

sem/axm/db/mvv/ic/jb-lb

© Agence France-Presse

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