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Boulos promete zerar fila de poda e quer ajuda de Lula para enterrar fios

Guilherme Boulos (PSOL) apresentou propostas em meio a apagão na capital - Ana Paula Bimbati/UOL
Guilherme Boulos (PSOL) apresentou propostas em meio a apagão na capital Imagem: Ana Paula Bimbati/UOL
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Do UOL, em São Paulo

15/10/2024 18h20

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) prometeu nesta terça-feira (15), se eleito, zerar a fila de solicitações de poda de árvore e manejo arbóreo na cidade. O psolista também disse que quer ajuda do presidente Lula (PT) para fazer um programa de enterramento de fios.

O que aconteceu

Boulos disse que o enterramento de fios chega a ser 12 vezes mais caro do que a fiação aérea e que a prefeitura não tem como arcar com o custo sozinha. "Fazer na cidade toda é impraticável em quatro anos, por isso nós precisamos identificar as regiões mais vulneráveis", afirmou o candidato.

Psolista criticou o adversário Ricardo Nunes (MDB), que no ano passado sugeriu a cobrança de uma taxa para acelerar o enterramento de fios. A declaração do emedebista ocorreu em meio ao apagão de novembro. Depois, o candidato à reeleição negou que criaria o pagamento e disse que foi mal interpretado.

Na gestão de Fernando Haddad (PT), a Justiça chegou a barrar um projeto de enterramento de fios a pedido de representante de empresas de energia. Questionado se isso poderia se repetir, Boulos afirmou que o "próprio Judiciário está mais sensibilizado com a situação". O projeto de Haddad obrigava as concessionárias a enterrarem 250 quilômetros de fio por ano.

Boulos apresentou propostas para lidar com as fortes chuvas e ventos hoje, em evento no centro da capital. A ação ocorre em meio ao apagão enfrentado por paulistanos desde sexta-feira (11) — segundo último boletim da Enel, concessionária responsável pelo serviço, mais de 200 mil imóveis sem seguem luz.

Boulos e Nunes tem trocado acusações em meio ao apagão na capital e explorado o tema na reta final da disputa municipal. O candidato do PSOL diz que o adversário é responsável pela situação assim como a Enel. Já o atual prefeito afirma que a responsabilidade é do governo federal — reportagem do UOL explica qual o papel de cada ente.

Candidato também afirmou que vai entrar com ação coletiva com entidades ligadas a defesa do consumidor contra a Enel. "Vamos exigir indenização e reparação para quem foi prejudicado pelo apagão", disse. Na segunda-feira (14), a Prefeitura de São Paulo também foi à Justiça contra a Enel.

Meu compromisso é zerar a fila de poda e manejo de árvores da cidade de São Paulo, que hoje são 7.600, para que a cidade, num novo temporal, numa nova ventania, não viva o que viveu nesses dias.

São Paulo tem um prefeito fraco, apagado, e o resultado disso é São Paulo perdendo essa condição de negociação e de influência, e ficando refém da pataquada da Enel, além de não fazer sua lição de casa, que é fazer a poda de árvores, que é fazer o elementar de zeladoria. Eu vou fazer isso não só em ano de eleição, vou fazer nos quatro anos do meu mandato.
Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de São Paulo

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