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Bolsa oscila e dólar sobe, de olho no petróleo e gastos do governo

do UOL

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL

15/10/2024 10h05Atualizada em 15/10/2024 11h21

A Bolsa de Valores de São Paulo abriu esta terça-feira (15) em alta, mas durou pouco. Por volta de 11h15, o Ibovespa oscilava e estava em baixa de 0,02%, a 130.978 pontos. A queda do petróleo puxa o índice para baixo, enquanto notícias sobre o pacote de contenção de gastos do governo dá força de alta.

O dólar estava sendo negociado em alta de 1%, indo a R$ 5,638. O dólar turismo ia a R$ 5,82.

O que está acontecendo?

Israel informou aos Estados Unidos que não atacará as instalações de petróleo ou nucleares do Irã. As garantias vêm enquanto os EUA tentam evitar uma guerra mais ampla no Oriente Médio e a escalada no preço do combustível.

A notícia é boa e fez o preço do petróleo cair quase 5% nesta manhã. O problema é que as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) acompanham a cotação da "commodity" e as duas têm peso de 11,86% no índice da Bolsa. E, por isso, por volta de 11h, PETR3 caía para R$ 40,84, com baixa de 1,28%. PETR4 tinha desvalorização de 1,30%, indo para R$ 37,22.

A redução no preço também reflete preocupações sobre a China, segundo Júlio Mora, presidente e fundador da Choice Investimentos. "A demanda chinesa, em um momento em que não há certeza de que o crescimento econômico da China possa atingir 5% ao ano, mesmo após os recentes pacotes de estímulo econômico, ajuda o preço a cair", afirma ele.

Essa queda faz o dólar se valorizar. "A pressão de alta para a taxa de câmbio provavelmente vem da queda significativa dos preços internacionais do petróleo, na sessão de hoje", diz Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.

O que ajuda a Bolsa, entretanto, são as informações sobre o pacote de contenção de gastos do governo. Na segunda-feira, autoridades do Ministério da Fazenda disseram à Reuters, sem se identificar, que as ações serão apresentadas após o segundo turno das eleições municipais, no final do mês.

Outros veículos confirmaram a informação, acrescentando que estariam em estudo dois desenhos, um mais amplo e outro mais restrito. A versão mais restrita seria envolveria benefícios sociais e previdenciários, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A outra focaria em programas de vários ministérios. Também estaria sendo levada em consideração a possibilidade de proibir municípios, Estados e o governo federal de conceder ou ampliar benefícios tributários se, ao fim de cada ano, não tiverem recursos suficientes no caixa para honrar com os chamados restos a pagar (RAP).

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