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Apagão em SP: 214 mil clientes seguem sem energia e sem previsão da Enel

Lanchonete na Avenida Santo Amaro contabiliza prejuízos após três dias sem energia - RENATO S. CERQUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Lanchonete na Avenida Santo Amaro contabiliza prejuízos após três dias sem energia Imagem: RENATO S. CERQUEIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/10/2024 07h53

Quase 220 mil clientes continuam sem energia elétrica desde o apagão da sexta-feira (11) na Grande São Paulo, segundo boletim da tarde desta terça-feira (15).

O que aconteceu

Há 214 mil ocorrências na Grande São Paulo, a maioria delas na capital. Segundo a Enel, também há casas sem luz em São Bernardo do Campo e Diadema. Até o momento, a energia foi restabelecida para 1,8 milhão de casas, segundo a companhia.

Não há previsão para que a luz volte. Os boletins da empresa não projetam um horário para normalização do serviço. Nessa segunda, o diretor de operações da Enel, Darcio Dias, afirmou que 17 linhas de transmissão foram afetadas e que o trabalho das equipes "não é uma operação simples".

Entre os 214 mil clientes sem luz, estão 46 mil pessoas que ficaram sem energia na sexta e no sábado. A Enel não detalhou desde quando as outras 168 mil casas estão sem energia.

Técnicos de outras companhias ajudam na operação. Em entrevista na tarde de segunda, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que 400 técnicos de outras concessionárias também viriam a São Paulo para auxiliar no restabelecimento da luz.

Em crítica ao prefeito de São Paulo, ministro afirmou que as quedas de árvores contribuíram para o apagão. Silveira cobrou que Ricardo Nunes (MDB) cuidasse do projeto urbano da cidade e disse que 50% das ocorrências foram causadas por árvores que caíram sobre a rede elétrica. O ministro também deu até quinta-feira (17) para que os problemas de maior volume sejam sanados.

Profissionais da Enel no Chile, Argentina, Itália e Espanha também foram convocados. Eles vão somar ao time de técnicos da empresa em outros estados brasileiros que já estão na capital paulista.

Ventos mais fortes desde 1995. A tempestade que atingiu São Paulo na sexta-feira (11) deixou ao menos sete pessoas mortas na Grande São Paulo. Os ventos, que ultrapassaram 107 km/h, foram os mais fortes em três décadas, segundo a Defesa Civil. As regiões oeste e sul da cidade foram as mais atingidas, assim como Carapicuíba, Taboão da Serra, Cotia, Osasco e Barueri.

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