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Boulos chama Nunes de omisso por apagão; prefeito rebate: 'Bom para lacrar'

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos trocaram acusações após apagão em São Paulo - Reprodução/Instagram/@prefeitoricardonunes e @guilhermeboulos.oficial
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos trocaram acusações após apagão em São Paulo Imagem: Reprodução/Instagram/@prefeitoricardonunes e @guilhermeboulos.oficial
Caíque Alencar, Ana Paula Bimbati e Manuela Rached Pereira
do UOL

Do UOL, em São Paulo

14/10/2024 13h36Atualizada em 14/10/2024 13h51

Adversários na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) trocararam acusações nesta segunda-feira (14) sobre as consequências das chuvas e do apagão que afetaram milhões de pessoas na cidade desde a última sexta-feira (11).

O que aconteceu

Boulos reforçou críticas ao prefeito antes de debate nesta segunda. "Sobre o debate da Band: estou confirmado e muito interessado em discutir a situação em que a cidade se encontra quatro dias após uma chuva de, no máximo, uma hora. Espero que Ricardo Nunes não fuja na última hora. O povo de São Paulo merece algumas explicações", publicou o deputado federal em suas redes sociais na manhã de hoje. O prefeito já confirmou presença no evento.

Em resposta, Nunes rebateu: "Ele é bom para lacrar e muito ruim de trabalhar". Em coletiva de imprensa, o prefeito mencionou as críticas que seu adversário vem fazendo desde sexta-feira e disse: "Eu não vou ficar batendo boca com alguém que é muito ruim de trabalho, não tem experiência de nada e só fica usando a rede social para lacrar".

Críticas de Boulos começaram ainda na sexta, com o início do apagão na capital. Logo após a chuva que derrubou árvores, fiações, semáforos e a energia elétrica em São Paulo, o candidato do PSOL divulgou um vídeo em suas redes, no qual mostrou a situação do bairro onde mora, o Campo Limpo, em meio ao apagão. A gravação foi a primeira das dezenas divulgadas por ele com críticas ao prefeito e à Enel, empresa italiana responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital.

Deputado cancelou agenda de campanha e reforçou críticas a Nunes nesta segunda. Em visita a uma casa no Campo Limpo atingida por uma árvore que caiu sobre o imóvel após as chuvas, Boulos afirmou à imprensa: "Mais de 600 mil famílias, muitas delas aqui na zona sul, ainda estão sem luz, muitas sem água (...) sobretudo pelo descaso da Prefeitura de São Paulo em relação a remoção de árvores e garantia de atendimento a pessoas que estão em risco".

Prefeito também alterou agenda nos últimos dias. No fim de semana, Nunes esteve nas zonas sul, norte, nas marginais Pinheiros e Tietê, na Lapa e conversou com os presidentes da Enel e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Ele responsabiliza a concessionária pelo apagão e chama Boulos de "oportunista". "A Enel é fiscalização, concessão do governo federal. Ele como deputado federal não fez nada", afirmou no domingo.

O que disseram os candidatos

O que a gente está vivendo hoje na cidade de São Paulo, para além do apagão da Enel, é um apagão de prefeito. A poda de árvore e o manejo arbóreo é responsabilidade da prefeitura, que não fez. Os semáforos e a iluminação pública são de responsabilidade da prefeitura. (...) Nós temos um prefeito omisso, que só terceiriza responsabilidades na cidade de São Paulo, é arrogante, não tem a humildade de assumir os seus erros, (...) e o resultado é a cidade à própria sorte. Guilherme Boulos (PSOL)

Ele é bom para lacrar e muito ruim de trabalhar. (...) Eu não vou ficar batendo boca com alguém que é muito ruim de trabalho, não tem experiência de nada e só fica usando a rede social para lacrar. Ricardo Nunes (MDB)

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