França confisca bens no valor de 70 milhões de euros de dois magnatas russos
A Justiça francesa apreendeu de dois empresários russos bens avaliados em mais de 70 milhões de euros (430 milhões de reais) no marco de uma investigação por suposta lavagem de dinheiro, indicou à AFP uma fonte próxima ao caso.
Essa investigação aberta em março levou à apreensão em setembro de uma fazenda de 22,5 hectares em Grasse e de mansões de luxo em Saint-Raphäel e Grimaud, no sudeste da França, entre outros bens.
As investigações revelaram "uma forte suspeita de ocultação da procedência dos fundos" utilizados para a compra desses bens, acrescentou essa fonte, confirmando uma informação do jornal Le Monde.
"As diligências se referem aos métodos usados para adquirir bens imóveis mediante empréstimos concedidos por sociedades privadas domiciliadas no Chipre ou nas Ilhas Virgens Britânicas", explicou o Ministério Público de Paris.
No total, as autoridades realizaram 8 apreensões de imóveis e dois veículos de luxo.
Segundo a fonte próxima ao caso, os dois magnatas na mira da Justiça são Ruslan Goryukhin e Mikhail Opengeym. Ambos possuem passaporte cipriota, segundo o Le Monde.
O primeiro teve responsabilidades no setor energético russo, segundo o jornal francês, e dirigiu a SGM, uma empresa de propriedade de uma pessoa próxima ao presidente russo, Vladimir Putin.
O segundo aparece descrito nos documentos dos Pandora Papers, consultados pelo jornal, como um homem de negócios que também investia no setor energético.
Os advogados dos dois homens, contatados pela AFP, não fizeram comentários até agora.
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