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'BC não deveria votar para definir as metas de inflação', avalia Galipolo

WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

14/10/2024 10h41

O diretor de política monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galipolo, disse nesta segunda-feira (14) ser conta o voto do presidente da autoridade monetária para definir a meta de inflação no CMN (Conselho Monetário Nacional).

O que aconteceu

Futuro comandante do BC avaliou definição da meta de inflação. Para Galipolo, a decisão sobre a taxa adequada deveria ser estabelecida apenas pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento. Ele avalia que o BC deveria se manter focado apenas no cumprimento da meta.

Eu acho que o Banco Central não devia nem votar no CMN em relação à meta que ele tem que seguir.
Gabriel Galipolo, diretor de política monetária do BC

Atual meta prevê inflação entre 1,5% e 4,5% ao ano. O centro da determinação em 3% traz a possibilidade de uma oscilação de 1,5 ponto percentual. Cabe ao BC, com as definições a respeito da taxa básica de juros, manter o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no intervalo.

Galipolo garante não haver divergências políticas no BC. Ele afirmou existir uma convivência harmônica entre os diretores indicados pelos governos de Jair Bolsonaro e do presidente Lula. "Demos um exemplo institucional. Eu já cortei, já mantive e já subi [os juros]", recordou durante participação no Itaú Macro Vision.

Dependência de dados e reatividade para definição da Selic. Galipolo defende que o Copom acompanha informações sobre política fiscal, inflação e desemprego antes de decidir o andamento da taxa básica de juros a cada 45 dias.

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