Na Itália, Greta pede união contra 'capitalismo fascista'
CAMPI BISENZIO, 13 OUT (ANSA) - A ativista sueca Greta Thunberg participou neste domingo (13) de uma assembleia de operários que ocupam uma antiga fábrica de autopeças em Campi Bisenzio, nos arredores de Florença, na Itália, e pediu união para combater o "capitalismo fascista" que "explora o planeta".
A planta pertencia à fabricante de peças automotivas GKN e foi fechada há cerca de três anos, porém seus trabalhadores iniciaram um movimento para formar uma cooperativa social e reconverter a unidade para produzir bicicletas de carga e painéis solares de última geração.
"Estamos lutando contra os mesmos sistemas que destroem o meio ambiente, desestabilizam o planeta e colocam as pessoas abaixo do lucro", declarou Greta, que já havia visitado a antiga fábrica da GKN no último sábado (12).
"É o mesmo sistema que explora o planeta, nossos recursos naturais e as pessoas, sobretudo os grupos mais marginalizados.
Precisamos ficar unidos, porque este é o único modo de vencer esse sistema capitalista fascista que não funciona a nosso favor", salientou a ativista.
Em seu discurso, Greta também declarou que iniciativa da cooperativa mostra um caminho para "o futuro". "Quando transformarmos gradualmente os setores que dependem dos combustíveis fósseis, os trabalhadores não poderão ser deixados para trás", disse.
Na última sexta, Thunberg já havia participado de uma grande marcha pró-Palestina em Milão, quando disse que "silêncio é cumplicidade" e que o mundo não pode "permanecer neutro diante de um genocídio". "O movimento de justiça climática deve ser decolonial, anticapitalista, antifascista e contra o genocídio e o ecocídio", disse. (ANSA).
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