Presidente do Parlamento iraniano visita local de ataque israelense em Beirute
O presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, visitou neste sábado (12) em Beirute o local onde ocorreu na quinta-feira um ataque mortal israelense, acompanhado por dois deputados do movimento pró-iraniano Hezbollah, observou um fotógrafo da AFP.
Segundo uma fonte próxima do Hezbollah, o ataque, no qual morreram 22 pessoas, teve como alvo o chefe do aparelho de segurança do movimento libanês, Wafic Safa, cujo paradeiro é desconhecido.
O ataque de quinta-feira foi o mais sangrento no centro da capital libanesa desde que Israel iniciou a sua campanha militar contra o Hezbollah, em 23 de setembro.
"O regime sionista selvagem e, à sua frente, o seu primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] [...] cometem estes crimes", disse Mohammad Bagher Ghalibaf aos jornalistas em frente aos escombros.
"As organizações internacionais e o Conselho de Segurança da ONU têm a capacidade [de deter Israel], mas infelizmente permanecem em silêncio", acrescentou o responsável iraniano, que estava acompanhado por dois deputados do Hezbollah.
Ghalibaf também se reuniu com o primeiro-ministro libanês Najib Mikati, segundo a assessoria de imprensa deste último.
Durante a reunião, o primeiro-ministro afirmou que "a prioridade do governo é trabalhar para um cessar-fogo", segundo a mesma fonte.
O presidente do Parlamento iraniano também se reunirá com o seu homólogo libanês, Nabih Berrie, que lidera o movimento Amal, aliado do Hezbollah, antes de viajar para Genebra.
A visita de Ghalibaf a Beirute ocorre após a do diplomata iraniano Abbas Araghchi, em 4 de outubro, que afirmou que Teerã apoia os esforços para um cessar-fogo "simultâneo" com Israel no Líbano e na Faixa de Gaza.
As autoridades libanesas, por outro lado, querem dissociar ambas as frentes.
O primeiro-ministro libanês pediu à ONU, na sexta reunião, que adotasse uma resolução para cessar "imediatamente" os combates entre Israel e o Hezbollah.
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