Morre Ary Toledo: humorista vendeu carros com Silvio Santos e criou bordão
Ary Toledo, que morreu neste sábado (12) aos 87 anos, e Silvio Santos, falecido em agosto aos 93, já fizeram uma parceria para vender carros.
Toledo foi garoto-propaganda da Vimave, concessionária que pertenceu ao ex-apresentador do SBT na década de 1970, e até criou um bordão relacionado a carros estragados que fez sucesso na época.
Muitos já devem ter ouvido falar na expressão "pois é" para se referir a carros famosos por darem trabalho na oficina.
Trata-se de uma invenção de Ary Toledo que, na propaganda da Vimave, aparecia falando "pois é" para carros quebrados que via em uma estrada. Ele estava a bordo de um Volkswagen, marca dos veículos comercializados na concessionária.
Ary e Silvio se conheceram em 1965
Senor Abravanel, o Silvio Santos, e Toledo eram colegas na TV durante os anos 60 e 70, antes da criação do SBT, que surgiu em 1981.
Amigos pessoais, os dois se conheceram em 1965.
Abravanel já tinha o Baú da Felicidade, empresa do apresentador que vendida produtos a prestações, pagas por meio de carnês.
Naqueles tempos, uma equipe de vendedores saía às ruas com algumas Volkswagen Kombi para oferecer os carnês da marca (que poderiam ser utilizados para adquirir produtos nas lojas da rede BF Utilidades para o Lar). Iam de porta em porta se encontrar com os compradores dos talões.
Quando as vans precisavam encostar para a manutenção, dias de venda eram perdidos.
Diante disso, Silvio Santos comprou a Vila Maria Veículos, mais conhecida pelo nome de Vimave. A princípio, a concessionária VW servia para dar previsibilidade aos reparos das Kombis.
Depois disso, o estabelecimento passou a atender a família Abravanel, a diretoria do SBT, e a fornecer os carros que eram sorteados no programa de domingo. Como se não bastasse, em meio aos tempos de instabilidade na economia dos anos 70 e 80, usava o VW Santana como parâmetro para os salários dentro do SBT.
O valor do VW Santana na concessionária Vimave servia como fator de conversão. Transformava-se o valor em dólar (uma moeda mais estável) e, assim, redigiam-se os contratos. Havia celebridades que ganhavam um valor equivalente a quatro Santanas, outras dois, e assim por diante.
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