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Zelensky presenteia Papa com pintura sobre massacre de Bucha

11/10/2024 07h50

VATICANO, 11 OUT (ANSA) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou nesta sexta-feira (11) o papa Francisco e o presenteou com uma pintura a óleo representando o Massacre de Bucha, cidade palco de possíveis crimes de guerra durante o período de ocupação russa.   

O encontro privado na Sala da Biblioteca do Vaticano ocorreu das 9h45 às 10h20 (horário local), após o Pontífice ter recebido o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. Até o momento, não há informações sobre o conteúdo da conversa.   

O argentino, por sua vez, entregou a Zelensky um baixo-relevo em bronze fundido de uma flor em botão, com a inscrição "A paz é uma flor frágil", e a mensagem para o "Dia Mundial da Paz" deste ano, os volumes dos documentos papais, o livro sobre Statio Orbis de 27 de março de 2020 e o volume "Perseguidos pela verdade, os gregos-católicos ucranianos por trás da Cortina de Ferro".   

O presente recebido por Francisco diz respeito ao município nos arredores da capital ucraniana permaneceu sob domínio das tropas da Rússia durante o mês de março de 2022, até que Moscou decidiu concentrar suas forças na conquista do Donbass, no leste do país. Após a retirada russa, as autoridades ucranianas denunciaram diversos indícios de crimes de guerra contra a população civil em Bucha, incluindo corpos jogados nas ruas, cadáveres com sinais de tortura e valas comuns com dezenas de mortos. O encontro entre Jorge Bergoglio e o líder do país "martirizado" por um conflito que já dura mais de dois anos e meio ocorre quatro meses após a reunião bilateral durante o G7 em Puglia.   

Antes disso, Francisco e Zelensky já haviam se encontrado em uma audiência no Palácio Apostólico, no Vaticano, em 13 de maio de 2023.   

Na ocasião, ambos "concordaram com a necessidade de continuar os esforços humanitários em apoio à população", enquanto o Papa enfatizou, "em particular, a necessidade urgente de 'gestos de humanidade' em relação às pessoas mais frágeis, as vítimas inocentes do conflito". (ANSA).   

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