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Lula diz que isenção maior do IR deve ser compensada por ricos

Lula defende isenção de IR a pessoas que recebem até R$ 5.000 - Ricardo Stuckert/PR
Lula defende isenção de IR a pessoas que recebem até R$ 5.000 Imagem: Ricardo Stuckert/PR

Lisandra Paraguassu;

Da Reuters, em Brasília (DF)

11/10/2024 10h14

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (11) que a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda deve ser compensada pela taxação dos mais ricos por uma "questão de justiça".

"O que nós queremos é isentar aquelas pessoas até R$ 5.000 e no futuro isentar mais, porque na minha cabeça a ideia é que salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação, esse sim deveria pagar imposto de renda", disse o presidente em entrevista à rádio O Povo/CBN, de Fortaleza.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na quinta-feira (10) que uma tributação sobre milionários é uma das alternativas em avaliação no governo para compensar perdas na arrecadação com correções adicionais da tabela do imposto de renda visando aumentar a faixa de isenção.

A promessa de Lula é levar a faixa de isenção para renda mensal de até R$ 5.000 reais. Atualmente, a isenção vale para valores equivalentes a dois salários mínimos, ou R$ 2.824 por mês.

Novo mundo do trabalho

Lula disse também que seu partido, o PT, precisa construir um discurso para o novo mundo do trabalho, onde muitas pessoas trabalham por conta própria, em aplicativos e sem carteira assinada, e disse que a legenda tem dificuldade em conversas com esses trabalhadores.

O presidente tratou do resultado do PT no primeiro turno da eleição municipal — em que o partido ficou em nono lugar entre aqueles com mais prefeituras ganhas — e disse que a base originária que criou o partido na década de 1980 hoje é bem menor do que era.

Ao comentar a eleição na cidade de São Paulo, disse que seu candidato, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pode vencer a eleição contra o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Lula disse que a disputa paulistana é entre "o tal do lulismo e o tal do bolsonarismo".

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