EUA amplia sanções contra indústria petrolífera do Irã por ataques a Israel
Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (11), uma série de novas sanções ao setor de petróleo e petroquímica do Irã, "em resposta ao ataque de 1º de outubro contra Israel, o segundo ataque direto neste ano".
Segundo um comunicado do Departamento do Tesouro, as sanções afetam todo o setor, assim como cerca de 20 navios e empresas com sede no exterior, todos acusados de estarem envolvidos no transporte de petróleo e materiais petroquímicos iranianos.
As empresas afetadas têm sede principalmente na China, mas também há duas dos Emirados Árabes Unidos e uma da Libéria.
Os proprietários dos navios, com sede principalmente em Panamá, Malásia e Ilhas Marshall, também estão na mira de Washington.
De acordo com o Departamento do Tesouro, o objetivo das medidas é aumentar a pressão financeira sobre Teerã e "limitar a capacidade do regime de obter os recursos necessários para desestabilizar a região e atacar os parceiros dos Estados Unidos".
"As sanções de hoje visam os esforços do Irã para destinar os recursos gerados por sua indústria energética ao financiamento de atividades mortais e perturbadoras, com sérias consequências para a região e o mundo", declarou a Secretária do Tesouro, Janet Yellen, citada no comunicado.
As sanções implicam o congelamento dos ativos que as empresas sancionadas possuem direta ou indiretamente nos Estados Unidos e proíbem as companhias com sede nos Estados Unidos ou os cidadãos americanos de negociarem com elas, sob pena de também serem sancionados.
As sanções também dificultam o comércio para as empresas afetadas, ao limitarem sua capacidade de utilizar o dólar em suas transações.
No dia 1º de outubro, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel como retaliação pelos assassinatos do líder do movimento palestino Hamas em Teerã, atribuído a Israel, e do chefe do grupo libanês Hezbollah e de um general da Guarda Revolucionária iraniana em um ataque israelense próximo a Beirute.
Israel prometeu responder e o ministro da Defesa Yoav Gallant anunciou na quarta-feira que o futuro ataque será "letal, preciso e surpreendente".
Washington, no entanto, tenta limitar a magnitude da represália israelense para evitar uma conflagração generalizada no Oriente Médio.
els/dg/dga/jb/rpr
© Agence France-Presse
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