China alerta que 'provocações' do presidente de Taiwan 'causarão um desastre'
A China advertiu, nesta quinta-feira (10), que as "provocações" do presidente de Taiwan, Lai Ching-te, causarão um "desastre" para seu povo, depois que ele prometeu "resistir à anexação" frente à crescente pressão militar e política de Pequim na ilha.
A China insiste em que Taiwan, que tem um governo democrático, é parte de seu território e não descarta o uso da força para retomar o controle da ilha.
"As provocações de Lai, que busca obter 'a independência', estão causando problemas para a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan e causarão um desastre para o povo de Taiwan", disse Chen Binhua, porta-voz do escritório de Assuntos de Taiwan chinês, em mensagem difundida pelas redes sociais.
O dirigente taiwanês, que assumiu em maio, se comprometeu, nesta quinta, a defender a "soberania" em um discurso por ocasião da festa nacional.
"Manterei o compromisso de resistir à anexação ou usurpação de nossa soberania", declarou Lai em um discurso em ocasião da festa nacional.
Pequim e Taipé "não estão subordinados um ao outro" e a China "não tem direito de representar Taiwan", afirmou Lai.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, declarou, nesta quinta-feira, que Lai está "empenhado" na independência.
O discurso de Lai "expôs sua posição intransigente em relação à independência de Taiwan e sua má intenção de intensificar as tensões no estreito de Taiwan por interesse político", disse Mao aos jornalistas.
Pouco antes, um alto funcionário americano afirmou que a China pode utilizar a celebração da festa nacional taiwanesa "como pretexto" para efetuar exercícios militares perto da ilha.
Pequim intensificou a pressão sobre a ilha para que aceite sua reclamação de soberania, e as relações bilaterais continuaram tensas desde que Lai tomou o poder em maio.
As celebrações desta quinta marcam o 113° aniversário da dinastia chinesa de Qing e a fundação da República da China.
A atual disputa entre China e Taiwan remonta à guerra civil entre as forças nacionalistas de Chiang Kai-shek e os comunistas de Mao Tsé-Tung.
Os nacionalistas fugiram para Taiwan após sua derrota para os comunistas em 1949.
Taiwan mantém o nome oficial de República da China e, embora tenha seu próprio governo, um Exército e uma moeda própria, nunca declarou oficialmente sua independência da China continental.
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