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Hezbollah aceitou cessar-fogo com Israel no dia da morte de seu líder, diz fonte libanesa

09/10/2024 14h14

O Hezbollah informou às autoridades libanesas que aceitou o acordo de cessar-fogo com Israel no dia em que o seu líder, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque israelense, disse uma fonte do governo libanês à AFP nesta quarta-feira (9). 

Até então, a poderosa formação apoiada pelo Irã condicionava qualquer cessar-fogo no Líbano à cessação dos combates em Gaza entre o seu aliado palestino, o Hamas, e o Exército israelense. 

O Hezbollah abriu uma frente no sul do Líbano contra Israel há um ano para apoiar o Hamas, cujos ataques de 7 de outubro em Israel desencadearam a guerra em Gaza. 

"No dia 27 de setembro, o Hezbollah informou oficialmente o Governo libanês, por meio do presidente do Parlamento, Nabih Berri, que aceitava a iniciativa internacional de cessar-fogo", disse esta fonte, que não quis ser identificada. 

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, estava naquele dia na ONU, onde França e Estados Unidos, acompanhados por países árabes, iniciaram uma proposta internacional para um cessar-fogo de 21 dias.

Mikati informou os seus interlocutores sobre a posição do Hezbollah, disse esta fonte, e os negociadores internacionais também aguardavam a aprovação do governo israelense. 

No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em um discurso no mesmo dia na ONU que continuaria atacando o Hezbollah no Líbano. 

Logo após terminar o seu discurso, a força aérea israelense realizou um poderoso ataque nos subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, no qual o seu líder foi morto. 

Desde a morte de Nasrallah, o governo libanês "não tem mais contato com o Hezbollah", disse a fonte. 

Mas na terça-feira, o número dois do Hezbollah, Naim Qasem, afirmou que a sua formação apoia "os esforços políticos do presidente (do Parlamento, Nabih) Berri, que visam principalmente um cessar-fogo", disse Qasem em um discurso transmitido pelo canal Al Manar. 

Berri lidera o movimento xiita Amal, um aliado do Hezbollah.

en/cf/feb/jm/eg/aa/mvv

© Agence France-Presse

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