'Libertem seu país do Hezbollah' para pôr fim à guerra, diz Netanyahu a libaneses
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu aos libaneses, nesta terça-feira (8), para "salvar" seu país, libertando-o "do Hezbollah", ameaçando, caso contrário, com "uma destruição e um sofrimento como os que vemos em Gaza".
"Eu digo a vocês, povo do Líbano: libertem o seu país do Hezbollah para que esta guerra possa acabar", disse ele em um vídeo dirigido ao povo do Líbano.
"Vocês têm a oportunidade de salvar o Líbano antes que caia no abismo de uma longa guerra que levará à destruição e ao sofrimento como o que vemos em Gaza", acrescentou.
"Eliminamos [Hassan} Nasrallah [líder do Hezbollah assassinado em 27 de setembro em um ataque israelense nos subúrbios do sul de Beirute] e o substituto de Nasrallah e o substituto de seu substituto", ressaltou.
Uma fonte de alto nível do movimento islamista libanês disse no sábado que foi perdido o contato com Hashem Safieddine, considerado o próximo líder do Hezbollah, após os bombardeios israelenses da semana passada.
Após as declarações de Netanyahu, o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, lembrou que a morte de Safieddine não tinha sido confirmada.
"Atacamos [um] quartel-general [do Hezbollah nos subúrbios do sul de Beirute] e sabemos que Safieddine estava lá", disse.
"Ainda estão sendo examinados os resultados deste ataque. O Hezbollah tenta ocultar os fatos", acrescentou. "Quando soubermos, vamos informar o público", ressaltou.
O Exército israelense tem bombardeado os subúrbios ao sul de Beirute, reduto do Hezbollah, desde setembro.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse nesta terça-feira que o Hezbollah já era uma "organização falida, sem comando ou poder de fogo significativo e uma liderança desintegrada".
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