China alerta EUA sobre 'sérias preocupações' com tarifas e restrições comerciais
O ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, expressou nesta terça-feira (8) "sérias preocupações" à sua homóloga americana, Gina Raimondo, sobre as restrições ao seu comércio, instando-a a suspender as sanções às empresas chinesas "o mais rápido possível".
Em um telefonema, Wang expressou "sérias preocupações sobre a política americana em relação à China em matéria de semicondutores e as suas restrições aos carros ligados à rede", afirmou um comunicado do Ministério do Comércio chinês.
Wang "enfatizou que é particularmente necessário esclarecer os limites da segurança nacional nos campos econômico e comercial", afirmou o comunicado.
Raimondo, por sua vez, destacou que há "preocupações crescentes entre as empresas americanas em relação à redução da transparência em termos de regulação, às práticas e políticas não favoráveis ao mercado e à sobreprodução estrutural" da economia chinesa, indicou um comunicado de seu departamento.
Respondendo indiretamente às observações chinesas sobre as restrições aos semicondutores, Raimondo reiterou que "a segurança nacional dos Estados Unidos não é negociável".
A ligação ocorreu algumas semanas depois que os aumentos acentuados nas tarifas dos EUA sobre veículos elétricos, baterias de veículos elétricos e painéis solares entraram em vigor.
As últimas medidas, que abrangem 18 bilhões de dólares (98,3 bilhões de reais) em produtos chineses, surgem semanas antes das eleições presidenciais dos EUA.
Além disso, os Estados Unidos planejam proibir a entrada de veículos conectados que incorporem tecnologia chinesa e russa, alegando riscos para a segurança nacional.
Washington também restringiu as exportações de tecnologia para a China, como semicondutores e maquinaria utilizada para fabricá-los.
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