PT elege maior bancada de vereadores em SP, seguido por PL, MDB e União
O PT elegeu 8 vereadores em São Paulo e terá a maior bancada na Câmara Municipal a partir de 2025. O PL, o MDB e o União Brasil aparecem logo em seguida, com 7 eleitos cada.
O que aconteceu
As 55 cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo serão divididas entre 13 partidos a partir de 2025. O PT elegeu 8 nomes e terá a maior bancada. Em seguida vêm MDB, União e PL (7 nomes cada), PSOL e Podemos (6 cada), PP (4), PSD (3), PSB e Republicanos (2 cada), Novo, PV e Rede (1) — veja a lista com todos os eleitos.
Pouco mais de um terço da Câmara Municipal foi renovado. Dos 55 vencedores, 36 foram reeleitos, enquanto os outros 19 chegam ao Legislativo paulista pela primeira vez. Entre os novatos está o candidato mais votado: o influenciador bolsonarista Lucas Pavanato (PL), que teve mais de 161 mil votos.
Partidos de direita e centro-direita terão cerca de dois terços das cadeiras. MDB, União, PL, Podemos, PP, PSD, Republicanos e Novo somam 37 dos 55 eleitos para a próxima legislatura. Este é o grupo que deverá, em tese, compor a base do prefeito Ricardo Nunes (MDB), caso ele seja reeleito.
Já as siglas de esquerda ocuparão um terço da Casa. Juntos, PT, PSOL, PSB, PV e Rede elegeram 18 vereadores. Se Guilherme Boulos (PSOL) vencer o segundo turno contra Nunes, esta deverá ser a base aliada do psolista a partir do ano que vem.
Quase todos os eleitos do PT já tiveram outros mandatos de vereador. O único estreante do partido na Câmara será Dheison Silva (PT), articulador social do Grajaú, na Zona Sul, que disputou sua primeira eleição.
No PL, dois dos sete eleitos vão para o primeiro mandato. Os estreantes são Pavanato e a influenciadora Zoe Martínez (PL). Nascida em Cuba, ela ficou conhecida por críticas ao regime do país caribenho nas redes sociais e foi comentarista da Jovem Pan.
PSDB passa em branco e continuará sem vereadores
Pela primeira vez em sua história, o PSDB não elegeu nenhum vereador em São Paulo. O partido tinha feito a maior bancada da Câmara nas eleições de 2020, ao lado do PT (8 eleitos cada). Em abril passado, porém, todos os vereadores tucanos se desfiliaram após a legenda decidir que não apoiaria a reeleição de Nunes.
Também pela primeira vez, o PSDB não terá prefeito em nenhuma capital do país. O partido lançou candidatura própria em sete capitais — inclusive São Paulo, com José Luiz Datena — e não chegou nem ao segundo turno em nenhuma delas.