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Suspeitas de corrupção e assassinato freiam eleição de Garotinho e Brazões

Garotinho (Republicanos), Kaio Brazão (Republicanos) e Waldir Brazão (União) - Reprodução/TSE
Garotinho (Republicanos), Kaio Brazão (Republicanos) e Waldir Brazão (União) Imagem: Reprodução/TSE
do UOL

Do UOL, em São Paulo

07/10/2024 20h53Atualizada em 07/10/2024 20h53

O ex-governador Garotinho e nomes ligados à família Brazão não conseguiram vagas na Câmara Municipal do Rio nestas eleições. Membros de grupos com força política no passado, eles fracassaram em meio a suspeitas de corrupção e denúncias de envolvimento na morte de Marielle Franco em 2018, respectivamente.

O que aconteceu

Ex-governador teve menos de 10 mil votos. Anthony Garotinho (Republicanos) chegou a ter a candidatura impugnada por suposta participação em esquema de desvio de recursos da saúde, entre novembro de 2005 e abril de 2007, quando sua esposa Rosinha Matheus era governadora. A decisão foi suspensa a cinco dias das eleições. Ainda assim, ele não obteve votação suficiente.

Filho de Domingos Brazão teve pouco mais de 10 mil votos. Kaio Brazão Filho (Republicanos) concorreu sub júdice, já que sua candidatura havia sido indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral por ter sido entendida como uma tentativa da família Brazão de manter sua influência em áreas da zona oeste carioca dominadas pela milícia.

Aliado dos Brazões não conseguiu nem 5.000 votos. Waldir Brazão (União Brasil) tentava um segundo mandato após ser eleito para Câmara Municipal do Rio pelo Avante em 2020. Embora não integre a família Brazão, ele adotou o sobrenome e chegou a empregar Kaio em seu gabinete.

Irmãos foram denunciados por envolvimento com assassinato de Marielle Franco. De acordo com a Polícia Federal, Domingos e Chiquinho Brazão foram os mentores intelectuais da morte da vereadora, motivada por disputas ligadas à questão fundiária na zona oeste do Rio. Os irmãos negam envolvimento.

Atual vice-prefeito teve menos de 6.000 votos. Nilton Caldeira (PL) foi substituído por Eduardo Cavaliere (PSD) como número 2 na chapa vitoriosa de Eduardo Paes (PSD) em 2024. Analistas o apontam como um dos motivos para que o prefeito não tenha disputado o governo do estado em 2022, já que Caldeira não pertence ao núcleo duro do grupo político de Paes. Ele apoiou, inclusive, a candidatura derrotada de Alexandre Ramagem (PL).

Procurados, candidatos citados não se manifestaram. "Concluímos mais uma eleição de cabeça erguida", afirmou Caldeira no Instagram. "Não termina aqui, voltaremos mais fortes", disse Kaio Brazão após o resultado das eleições.

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