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Rússia investiga jornalistas que entraram em cidade ocupada pela Ucrânia

Uma vista mostra edifícios destruídos na cidade de Sudzha após uma incursão de tropas ucranianas na região de Kursk, na Rússia, em 7 de agosto de 2024 - MIC IZVESTIA / IZ.RU/via REUTERS
Uma vista mostra edifícios destruídos na cidade de Sudzha após uma incursão de tropas ucranianas na região de Kursk, na Rússia, em 7 de agosto de 2024 Imagem: MIC IZVESTIA / IZ.RU/via REUTERS

07/10/2024 11h12Atualizada em 07/10/2024 13h06

Os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram, nesta segunda-feira (7), a abertura de uma nova investigação contra jornalistas estrangeiros por terem atravessado "ilegalmente" a fronteira da Ucrânia na parte ocupada da região de Kursk.

A acusação afeta a britânica Catherine Norris Trent, que trabalha para o canal televisivo France 24, e o jornalista suíço Kurt Pelda, correspondente do veículo suíço CH Media, informou o FSB.

Ambos os jornalistas são acusados pelas autoridades russas de terem "cruzado ilegalmente a fronteira da Federação Russa na região de Kursk", diz um comunicado da organização.

O Exército ucraniano lançou uma ofensiva surpresa nesta região fronteiriça em 6 de agosto, a primeira de um exército estrangeiro na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.

As forças russas lançaram uma contraofensiva e dizem ter recuperado terreno, mas a Ucrânia afirma controlar dezenas de localidades ali, e vários veículos de comunicação publicaram reportagens sobre a área ocupada pelas forças de Kiev.

A Rússia anuncia periodicamente a abertura de investigações contra jornalistas estrangeiros que visitaram a zona ocupada e, até o momento, uma dúzia deles foi alvo de acusações como essa.

Foram instaurados processos contra jornalistas do canal de televisão americano CNN, do canal italiano RAI e do canal alemão Deutsche Welle.

Os jornalistas visados nestas investigações não parecem estar na Rússia, mas podem ser condenados a até cinco anos de prisão, de acordo com o Código Penal russo.

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