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Cassado em 2022, Camilo Cristófaro não se elege vereador por São Paulo

O vereador Camilo Cristófaro - GABRIEL SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO
O vereador Camilo Cristófaro Imagem: GABRIEL SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em São Paulo

07/10/2024 01h42

Camilo Cristófaro (Podemos) não conseguiu votos suficientes para se eleger vereador pela cidade de São Paulo. No pleito deste domingo (6), somou 7.197 votos. Em 2022, ele foi cassado por conta de comentários racistas.

O que aconteceu:

O crime aconteceu em 2022. Cristófaro disse durante uma sessão virtual de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigava as empresas de aplicativo, a seguinte frase: "Eles não lavaram nem a calçada, é coisa de preto, né?".

Ele tentou se explicar dando duas desculpas para a sua fala. Após o acontecido, ele gravou um vídeo em frente a sua coleção de fuscas preto, falando que se referia aos carros. Depois, alegou que "brincava com um amigo com o qual tinha intimidade".

Quem o denunciou para a justiça foi a vereadora Luana Alves, do PSOL, que também alertou sobre a frase racista no momento em que ela foi dita. O presidente da CPI, Adilson Amadeu (União Brasil), pediu para que o microfone de Camilo fosse cortado, mas Luana tomou a palavra e afirmou que ele tinha sido racista.

Ele foi absolvido na investigação policial. O juiz alegou que ele "não tinha intenção de ofender ninguém". O Ministério Público de São Paulo está recorrendo.

Cristófaro também foi denunciado por Luana e mais três parlamentares para a Corregedoria da Câmara Municipal. Foram eles que começaram o processo de cassação. Camilo perdeu o mandato no dia 19 de setembro, por quebra de decoro parlamentar.

Político tentava sua quarta reeleição e sua candidatura estava "sub judice". No site do Tribunal de Justiça Eleitoral de São Paulo (TSE), a candidatura de Cristófaro consta como "Inelegibilidade constitucional", o que eles explicam como "candidatura não regular e com pedido de registro julgado indeferido; no entanto, há recurso interposto contra essa decisão e aguarda julgamento por instância superior".

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