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Capitão Nelson (PL) é reeleito prefeito de São Gonçalo (RJ)

Capitão Nelson (PL) é reeleito prefeito de São Gonçalo (RJ)  - Arte/UOL
Capitão Nelson (PL) é reeleito prefeito de São Gonçalo (RJ) Imagem: Arte/UOL
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Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

06/10/2024 19h11Atualizada em 06/10/2024 20h19

Com 100% das urnas apuradas, Nelson Ruas dos Santos, mais conhecido como Capitão Nelson (PL), foi reeleito prefeito em São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do RJ. Ele venceu no primeiro turno, neste domingo (6).

O que aconteceu

Capitão Nelson obteve 84,49% dos votos válidos. Em segundo lugar ficou Dimas Gadelha (PT), com 10,55%.

Capitão Nelson, 66, foi reeleito com apoio discreto de Bolsonaro. Em 2020, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo defendendo a candidatura. Neste ano, porém, o nome do capitão foi apenas citado em um site que listava os candidatos indicados pelo ex-presidente.

Ao todo, seis candidatos disputaram o cargo. Além de Capitão Nelson e Dimas Gadelha, estavam na disputa pela prefeitura o Professor Josemar (PSOL), Jaqueline Pedroza (Novo), Viviane Carvalho (Mobiliza) e Reginaldo Afonso (PSTU).

Quem é Capitão Nelson

Atual prefeito de São Gonçalo. Capitão Nelson venceu a eleição de 2020 pelo Avante. Em uma disputa acirrada contra o PT, teve 50,79% dos votos, contra 49,21% do adversário Dimas Gadelha.

Policial Militar reformado. Nascido em Niterói, cidade vizinha a São Gonçalo, Nelson iniciou sua carreira militar como fuzileiro naval em 1977 e, na sequência, ingressou na PM. Em 2001, foi promovido a capitão e, dois anos depois, passou a chefiar o 35º Batalhão em Itaboraí —cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Histórico de 20 anos na política. Ele ingressou na vida pública se candidatando a vereador pela primeira vez em 2004, pelo PSC, e foi eleito com 3.375 votos. Posteriormente, elegeu-se mais três vezes para a Câmara Municipal. Em 2018, concorreu ao cargo de deputado estadual pelo Avante e recebeu 24.204 votos, o que lhe garantiu uma vaga como suplente. No entanto, com a prisão de Marcos Abrahão na Operação Furna da Onça, Nelson se licenciou da Câmara de Vereadores de São Gonçalo para assumir uma cadeira na Alerj em 2019. Em 2021, assumiu a Prefeitura de São Gonçalo.

Citado na CPI das Milícias. Em 2011, Capitão Nelson foi citado no relatório final da CPI das Milícias da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), acusado de liderar um grupo de 14 policiais civis e militares que atuaria no Jardim Catarina, um dos bairros mais populosos do município. O então vereador não chegou a ser indiciado. Na época, alegou que o nome dele foi mencionado no caso erroneamente. Como PM, foi um dos responsáveis pela segurança da juíza Patrícia Acioli, assassinada por policiais ligados a uma milícia que agia no município.

Localizada a 20 km do Rio de Janeiro, São Gonçalo tem cerca de 1,1 milhão de habitantes e é o segundo município mais populoso do estado. A cidade tem a renda per capita mais baixa do Rio de Janeiro e baixa capacidade de investimento. O dia a dia é marcado por desafios históricos de infraestrutura e violência.

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